quinta-feira, 4 de junho de 2009

Celebrando o Sucesso do Acordo

A NOVA ORTOGRAFIA
E OS VELHOS DO RESTELO

J.Jorge Peralta
III- CELEBRANDO O SUCESSO DO ACORDO


1. É tempo de comemorar. É justo. Finalmente a ortografia da Língua Portuguesa chegou ao Século XXI.
Vamos celebrar a grande proeza de nossos cientistas da linguagem, pelo resultado a que chegaram, e de nossos políticos por terem reconhecido o valor do texto do Acordo e por terem conseguido reconhecer a importância sócio-política e cultural para os oito (8) povos lusófonos e para os milhões de lusófonos espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Enfim, alcançamos a unidade ortográfica respeitando a diversidade linguística.
Um objetivo há muitos anos aguardado, foi alcançado. Merece uma solene comemoração.
Efetivamente o Novo Acordo Ortográfico tem dimensões muito mais amplas do que o país de cada um: tem dimensões globais! Não podemos então, ficar massageando o nosso umbigo, desdenhando dos demais e das futuras gerações.
Quem não comemora, bom lusófono não é, diríamos provocativamente (!!)

2. Não esqueçamos nunca que a Língua Portuguesa não é patrimônio pessoal. É um patrimônio de todos os lusodescendentes, um rico patrimônio coletivo da grande e universal Pátria Lusófona, do passado, do presente e do futuro.
Nossas ações e reações precisam se enquadradas nestas dimensões, sob penas de nos perdermos no vazio, sem eco e sem ouvintes.
O Novo Acordo é uma questão de alta relevância para os países lusófonos. Então vamos aplaudi-lo. Com ressalvas, se for o caso, mas aplaudindo.
O Acordo Ortográfico é assunto que traz alegria. No entanto, outros preferem o confronto com verbal pancadaria.

3. A Língua Portuguesa poderá ter, daqui por 25 anos, aproximadamente 400 milhões de falantes. Precisamos pensar grande, na grande Pátria Lusófona, e não nos perder em questiúnculas domésticas, que amanhã nada significarão.
Precisamos, sim, preservar o espírito da lusofonia, o modo de ser, no mundo, da lusofonia. Essa deve ser nossa grande preocupação. Essa é a nossa identidade vital. A este assunto sim devemos dedicar nossas forças.
O Patrimônio que herdamos dos nossos antepassados devemos saber transmiti-lo às gerações futuras. Não podemos deixar a nossa cultura se pasteurizar numa massa amorfo universal de uma sociedade consumista. Precisamos saber nos orgulhar de nossa cultura e do nosso povo.
Quem não é organizado é tutelado. Então vamos nos preparar para os novos tempos, sem deixar o flanco da lusofonia descoberto à entrada dos “saqueadores”, sempre à espreita.
Os saqueadores estão sempre em ação, até como “agente duplo”.
Precisamos saber lutar por nossos valores, em vez de nos perder em questões já superadas.

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