terça-feira, 2 de junho de 2009

Um Debate Vital e Oportuno

A NOVA ORTOGRAFIA
E OS VELHOS DO RESTELO

J.Jorge Peralta

I – UM DEBATE VITAL E OPORTUNO


1. Há quase vinte meses observo os debates que se travam nas páginas da Imprensa, de Internet e em outros veículos de comunicação, sobre o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO da Língua Portuguesa.
Considero o debate, sério e esclarecido, sempre saudável. Não é apenas pelo respeito à liberdade de opinião. É que o fato de debater, expondo opiniões, eventualmente antagônicas, contribui para o esclarecimento da questão em pauta, e populariza o assunto que a todos envolve. Participar é compartilhar idéias.
A oposição responsável sempre pode contribuir para que, o legislador aja com mais cuidado, e se evitem atos arbitrários de tirania ou se atenda a interesses escusos. Mas não se esqueça que o tirano pode ser o opositor...

2. A favor ou contra o ACORDO, sempre surgem alguns argumentos emotivos, certamente bem intencionados, mas sem suporte científico. Alguns apenas lutam pela inércia, pelo imobilismo, pelo deixa como está. Rejeitam toda a inovação, por mais benéfica que seja. Temos preguiça de mudar. A mudança nos incomoda...
Os que rejeitam a Novo Acordo, estão mais para velhos do Restelo do que para Novos Descobridores.
Às vezes, ofendendo pessoas ou instituições, em atitudes levianas insustentáveis.
Há os que são contra, até políticos, como forma de chamarem a atenção sobre si, com interesses eleitoreiros. Outros são contra, por falta de informações ou por informações viciadas, ou simplesmente são contra, com razões válidas, porque nada é perfeito.
Alguns são contra o Acordo, sem perceberem o prejuízo que podem causar à nação... Estamos na fase de implantação e não de contestação. Contestação hoje é quase uma traição. É uma injúria à Democracia.
São posições insustentáveis, num mundo dinâmico, globalizado, onde a comunicação escrita precisa de mais versatilidade e onde os países irmãos precisam se entender, sem barreiras inúteis, geralmente prejudiciais, como é o caso de dupla norma ortográfica, se prevalecer, como alguns querem.

3. Não queremos polemizar. Queremos apenas esclarecer, na medida do possível. Cada um pense como bem entender e ouça quem quiser. Alguns não querem saber, querem apenas um espaço para se opor.
Sou de opinião que não fica bem, alguns intelectuais escreverem frases tão vazias, e argumentos sem objeto. São frases quiméricas; meras fantasias. Dão-se tiro em sombras, ou em tigres de papel. A maioria dos argumentos não procede; são enganosos, falaciosos.
Toda a ação humana é questão de opção: optamos pelas deliberações que consideramos mais adequadas, dentro de certas perspectivas. Muitos são contra por inadmissível preconceito ou por desinformação.
O ACORDO ORTOGRÁFICO é uma questão muito séria. É vital para a expansão da Língua Portuguesa e para intercâmbio Internacional.

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