terça-feira, 6 de maio de 2008

Vieira, Arauto do Humanismo

VIEIRA ARAUTO DO HUMANISMO

1
Vieira, Um Gênio



Nesta obra, em construção, apresentamos alguns textos que abordam temas básicos de Vieira e sua obra.

Efetivamente focalizamos as obras de Vieira que mais interessam às pessoas de nosso tempo. Vieira vale por toda uma nação, por toda uma literatura.

Por isso lhe chamamos “homem nação”.

Aliás foi assim que Mário de Sá Carneiro chamou a Fernando Pessoa.
Consideramos Vieira um gigante em tudo o que fez: um homem ardoroso, competente e ousado.

Oculto numa roupeta pobre, às vezes puída ou rasgada, esse homem tinha o poder da palavra e da virtude;

Tinha o poder do saber e da sabedoria;

Tinha o poder da honestidade e da ousadia;

Tinha o poder de Deus e da humanidade, que se revela, com toda a força, nos mais sábios e humildes;

Tinha o poder de cativar e de convencer.

Era um homem carismático e destemido.

Era um homem de grandes e inabaláveis convicções.

Vieira foi um gênio na amplidão de seus conhecimentos;

na oratória Sacra;

na arte de conviver e se comunicar;

na coragem de andar por mundos desconhecidos, articulando negociações diplomáticas difíceis e perigosas;

na arte de escrever.
Foi um lúcido articulador e um grande e generoso conselheiro, um grande estrategista e um grande educador.

Em seu rosto brilhava a uma centelha da luz divina.

Era um homem iluminado.

Deus estava com ele em seus pensamentos, em suas palavras, em seus gestos e em seu olhar.

Vieira era um homem de oração e de ações, um homem da terra e da eternidade.

Era um cidadão de Portugal e do Brasil e um cidadão do mundo.

Era o protetor da dignidade humana: um paladino da liberdade, arrimo dos perseguidos e dos pobres e excluídos.

Para os brasileiros, ele é hoje e sempre uma estrela do Cruzeiro do Sul.

Era um homem sem complexos, sem preconceitos e sem temores.

Não distinguia os poderosos, dos descamisados; a todos queria bem; para todos tinha uma palavra de esperança; a todos apontava o rumo do bem, da generosidade e da justiça.

Era defensor dos indígenas e dos negros escravizados, dos judeus perseguidos e dos brancos espoliados pela ganância de alguns.


2
Vieira, Luz do Mundo

Vieira nasceu em Lisboa e morreu em Salvador, unindo duas Pátrias. Aplica-se a Vieira o que Vieira falou de Sto Antônio de Lisboa:

Reparai, diz o evangelista, que Antônio é a luz do mundo(...), como Deus o criou para ser a luz do mundo, nasceu em uma parte e sepultou-se em outra. É a obrigação do sol”.


E acrescenta:

Santo Antônio, uma vez que nasceu português, não fora verdadeiramente português, se não fora luz do mundo, porque o ser luz do mundo, nos outros homens, é privilégio da graça; nos portugueses é também obrigação da natureza
(Sermão de Santo Antônio, Roma, 1672 ou 1673)

Vieira sempre ofereceu suas oferendas no altar do Deus vivo, o Deus do Evangelho e de seu Cristo.

Pregou o Evangelho da paz e da dignidade humana.

Pregou o Deus da justiça, da liberdade, da fraternidade e da solidariedade.

Brandiu, com coragem e ousadia, a Espada da palavra que comanda e incendeia os corações; a espada da paz, que não se conquista senão com dedicação, competência e persistência; da paz que é fruto da justiça e da dignidade.

Foi um incansável arauto e testemunha da esperança para todos; foi luz do mundo.

Isto é Vieira: um arauto do humanismo, benfeitor da humanidade. Dar a público um estudo sobre Vieira é um atrevimento e até uma ousadia. Ao mesmo tempo é uma necessidade imperiosa.


3
Lê-se Vieira com Prazer


Vieira é um autor para ser lido e relido com muito prazer, por toda a vida.

Mas é difícil falar de Vieira, com segurança e adequada abrangência, sem algum grau de humildade.

Como considerar-se adequadamente preparado para compreender a obra de um homem de múltiplas aptidões que foi um dos maiores engenhos do século XVII, um homem de influência decisiva e indelével na história do Brasil e do mundo.

Como falar sem uma certa prudência, sobre o homem que produziu e atuou, incansável, por mais de 70 anos de sua fértil, agitada, generosa e longa vida?
Um homem digno e sábio, que viveu quase 90 anos de lucidez? Como não se sentir hesitante diante de um homem que legou ao seu povo, um exemplo magno de competência, de probidade e de grandeza?

4
Vieira, um gigante


Como orador, como missionário e como diplomata; como conselheiro real e conselheiro de ministros, de generais e do povo humilde; como escritor, como gestor, como político, como estadista, como filósofo, como educador, como estrategista, como defensor dos direitos e da dignidade humana.

Como não ser prudente diante da obra de um homem que foi gigante em tudo o que fez?

Como falar de Vieira, sem compreender o ideário, que alicerçava e alimentava sua ação e sua pregação?

5
Lições de Vida



Queremos que Vieira se torne uma leitura de cabeceira, principalmente através da leitura de textos seletos. Preparamos a obra Mensagens de Vieira – para nosso tempo.

Textos Seletos, que poderá atender à necessidade que temos de captar as luzes de Vieira para iluminarmos nossos caminhos e nossos sonhos.

Como os leitores assíduos ou ocasionais, cada um ao seu modo, pode descobrir o prazer de ler Vieira.

É que, além da beleza da frase, Vieira é um desafio permanente. Além de prazerosos, o texto de Vieira encerra grandes lições de vida e nos faz pensar.

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