sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Vivenciar a Cultura Lusa

VIVENCIAR A CULTURA LUSA
Música Popular e Identidade Nacional
J. Jorge Peralta
Caros Amigos,

1. Congratulo-me com a vossa veemente manifestação, em defesa de 
nossa rica música popular genuína, e, por tabela, em defesa de nossa identidade nacional. Seus comentários obrigam-me a retomar algumas ideias que tenho desenvolvido no site ”tribunalusofona.blogspot”. Algumas dessas ideias também foram publicadas em outros sites.
Abordo aqui a gênese do descaso por nossa cultura, sem intenção de ser exaustivo. Proponho alguns elementos  para reflexão.
No Facebook “Portugal tem orgulho de Dulce Pontes”, há  algum tempo, foi divulgada uma entrevista da Dulce a uma rádio, em que ela reclamava exatamente do pouco prestígio  e conseqüente pouco espaço que a mídia portuguesa oferece  à divulgação da música portuguesa. Confirmou  assim a denúncia  feita por “Amadis de Gaula”. É lastimável que uma rádio, do porte da Rádio Renascença, siga os mesmos vícios que são impostos  e submetidos pelo mercado, pela  política dominante, ou por outros controladores. Acredito que isso atente mais aos vícios anti-nacionais e anti-lusófonos, que são impingidos à população e que leva muitos a desprezarem tudo o que é produto nacional, num europeísmo tacanho...

2. Se bem repararmos, veremos que, na Internet, muitos só escrevem em inglês, ainda que escrevam apenas para o falante do português.
É assustador como o neocolonialismo Opressivo moderno consegue se impor através dos meios de comunicação e da massificação do subconsciente coletivo, em nome da “liberdade” (?!). As pessoas vão perdendo imperceptivelmente sua personalidade e seu caráter, sua identidade, aderindo ao pensamento único, despersonalizado, despersonalizante e anódino. Vejam que o neocolonialismo, expulso da África, chegou a Europa, mascarado.
Para se preservar atrás de biombos furados, os detentores do poder impõem a lei da mordaça, do “cala a aboca” “comprando” os meios de comunicação. A opinião pública é mascarada e confundida com a opinião publicada e bem armada...
Em mentes condicionadas e pré-programadas pelos ideólogos de plantão, a Internet como único baluarte da “liberdade”, poucos atinge. Mas assim mesmo temos de insistir e nunca desistir.

3. Muitos dos portugueses, com menos de 30 anos, não acreditam no seu país, no pós 25 de Abril . Nem em si mesmos (?!) Por quê? Porque, Porque quando a família não conseguiu socorrê-los, muitos foram educados, e seu ideário foi formado, por um governo (ou desgoverno) de alguns entreguista  que desnacionalizou o país e despatrializou a mente  de muitas crianças e jovens, com uma campanha  cerrada, contra o que há  de melhor  em Portugal: o seu povo, a sua história, o seu potencial psico-social e empreendedorístico, seu amor ao trabalho, a sua dedicação sem limites às coisas em que cremos. Criou apátridas.

Os formadores de opinião inventaram uma farsa: a “pátria” européia, que nunca existiu. E nunca existirá. A nossa língua sonora, bela, forte e gentil, muitos vão trocando pelo inglês. Até para falar com seus patrícios, eles usam o inglês. Mas isso passa... É doença leve... A maviosa Língua Portuguesa ninguém esquece.
Portugal, com suas forças profundas, é desconhecido de muitos. É-lhes escondido.
O Portugal profundo não está nos manuais calhordas dessa canalha apátrida, sendo, alguns, dos desertores dos ideais da nação, vendidos a forças estranhas de pendor consumista, inveterados, farsantes. Eles sempre desprezarão nossa cultura e nossa música genuína.
Vieira nosso magno orador, dizia:
Não me temo da Espanha,
Temo-me desta canalha...”

Com os estranhos é mais fácil reagir; com os de casa é mais difícil perceber-lhe as traições.
Devemos cuidar de nosso imenso patrimônio cultural, principalmente das canções que embalam o nosso espírito e nos falam à alma. Defender a nossa cultura genuína é defender a nossa identidade; é defender a nossa soberania. Música é cultura que une povos e corações.
Cada um deve cuidar do que é seu.

4. O Brasil tem o Samba, tem música sertaneja, mas tem também outras modalidades de músicas genuínas. Também Portugal tem o doce Fado, mas tem outras modalidades de músicas genuínas, para a satisfação e entretenimento dos diferentes gostos populares.
No Brasil temos, sim, muitos e bons cantores, representantes e interpretes da música portuguesa de melhor qualidade. Nomeio apenas três: o Roberto Leal, a Bibi Ferreira, a Fafá de Belém, a Glória de Lurdes, entre muitos outros, que precisariam, no entanto, modernizar um  pouco os seus repertórios. A Dulce Pontes, e outros cantores da alma lusa deveriam estar no Brasil mais frequentemente. Eles revitalizam as comunidades pois lhes falam à alma.
Não podemos atender apenas às forças do mercado, que só pensam no resultado financeiro, ou em prestigiar os amigos, que nem sempre são o que  Portugal tem de melhor.
Insisto que nossa cultura e nossa música, em particular, revela e fortalece a alma da nação, a alma e a alegria do povo,  pois fala ao nosso sentimento coletivo.

5. Diante disto aprofundo a minha opinião:
A nossa cultura genuína precisa  ser preservada a qualquer custo.
Querem matar a alma portuguesa?! Isto seria um notório genocídio cultural, intolerável e imperdoável. Uma perda imensa para a humanidade  que não pode ser esquecida.Se o governo está fazendo tudo para destruí-la, não nos acovardemos. O governo não é o povo, nem sempre o governo representa o povo. Alguns governos são anti-nação.
Se cada um fizer a sua parte, as nossas Associações aprenderão a lição, ao menos por vergonha de seus atos anti-sociais e traiçoeiros, às vezes involuntários ou despercebidos, pela superficialidade suicida reinante.
Bem hajam todos os que levantarem a sua voz para defender tão nobre causa: a música portuguesa genuína nas nossas comunidades, pelo mundo a fora.
(Lembro que também estão fazendo este genocídio cultural com nossa excelente arte culinária, mas este já é outro tema para outra oportunidade).
Lembro que a cultura portuguesa é um tema vital para a sobrevivência de Portugal e da Portugalidade. Interessa a todos. Não subestimemos os nossos opositores, que fingem estar do nosso lado, e marginalizam nosso modo de ser na vida e no mundo, subestimando a nossa belíssima cultura multissecular.
Levantemos bem alto e mente altiva as bandeiras dos valores essenciais da nobre alma lusa. Está na hora de acordar!
Para complementar essas ideias leia mais:



Nota: Texto escrito para aprofundar ideias de questão anterior,
          atendendo a comentários pertinentes de leitores.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Monarquia e visibilidade

MONARQUIA E VISIBILIDADE NO BRASIL
Mensagem da Monarquia, em Tempos de República

J. Jorge Peralta
A Família Real do Brasil mantém um status de respeitável destaque espontâneo na vida do País. Está presente no subconsciente coletivo da nação, como uma lembrança benfazeja. Pensei isso ao ler noticiários da FLIP, Feira Literária Internacional de Parati, realizada em cidade histórica do Rio de Janeiro. Despertou a minha atenção o destaque dado a D. João de Orleans e Bragança, um descendente da Família Real do Brasil.
Por outro lado, Fernando Henrique Cardoso foi destacado como Príncipe dos Sociólogos do Brasil.
Lembrei-me então que, no Brasil temos o Rei do Gado, o Rei da Soja, o Rei  da Música Popular, o Rei da Congada, Rei do Samba, Rei do Bacalhau, etc, etc.
Nossos Príncipes e Princesas Reais, em nível de maior destaque hierárquico, poderão trazer mais beleza e esperança, e até sonho, ao nosso país e ao nosso povo, ainda que apenas como símbolo auspicioso, de algo que foi real, ao tempo da Monarquia.
O Brasil foi a única Monarquia das Américas. Pois que saiba tirar proveito disso. Até porque  a Monarquia, no Brasil,  foi muito auspiciosa e eficiente, para quem tem olhos de ver.
Verifico, pelo que se observa, e pelo carinho que o povo brasileiro tem pelas boas lembranças da Monarquia, esta preserva um status social de certa nobreza e altivez.

Seria muito bom que, conforme as normas vigentes na “nobreza”, os Príncipes e Princesas, herdeiros legítimos, tivessem o destaque na vida social e política que a História lhes garante.
A palavra Rei, ou Príncipe, ou Princesa trazem boas lembranças e bons augúrios ao coração e à mente do povo brasileiro.
Acredito que em Portugal não é diferente. Tanto não é que um monarquista de grande peso é candidato a Presidente da República em Portugal. No país, o casal, presumivelmente herdeiro do trono, é tratado com muito respeito na sociedade, embora,  sejam apenas figuras simbólicas de um tempo que já passou, mas que sempre terá algo a dizer à nação.

Penso que a Monarquia tem pouca chance de voltar a se instalar, no Brasil. Mas esta não é a questão. Símbolo é símbolo. Vale pela mensagem de que é portador.
No entanto, considero que os membros da família real presumíveis herdeiros do trono, deveriam levantar no Brasil o seu Status de Príncipes ou de Princesas, e se apresentarem, socialmente, como tal. Que os membros mais destacados da Família Real busquem uma formação sólida, consistente, muito brasileira e universalista. Afinal, os Monarquistas são cidadãos com todos os direitos e liberdade de se manifestar como os demais cidadãos. Ninguém pode negar, se respeitarem as leis vigentes.
Que escolham e defendam  algumas “bandeiras” de grande destaque social, sem mesquinhez e sem arrogância, e as defendam e propaguem.
Que estudem nas melhores escolas e que tenham tutores de grande destaque.
Que se imbuam das ideias mais sólidas de D. Pedro II, o Rei Filósofo,  e de sua Família, e de seus feitos e de sua sabedoria.
Que saibam lutar com discernimento pela identidade  e pelo desenvolvimento do Brasil.
Que conheçam o Brasil, em todos os seus valores e problemas.

Que os Monarquistas, sem pretensões inúteis, saibam projetar socialmente as imagens monárquicas. Que saibam, sobretudo descartar ou superar uma montanha de preconceitos e infâmias que certos grupos de pressão jogaram sobre a fase monárquica da História do Brasil e do Brasil Império.
Que carreguem a imagem do Brasil, pelo mundo afora. Que tenham algo sólido e consistente a dizer, nos grandes momentos da vida da nação. Que não se escondam, antes se destaquem na vida da nação, sem polêmicas balofas. Que tenham um gabinete de pensadores, para criar ideias.
O Brasil não é monarquista, ou melhor, os monarquistas brasileiros vivem um tanto quanto escondidos, pelos estigmas preconceituosos que sobre eles lançaram, e também sobre o período monárquico, apesar da grandeza de caráter e de realizações que enobrecem D. Pedro I e D. Pedro II, o Imperador sábio, a Princesa Isabel e outros membros da Família Real.

Já estão de volta estudos sérios sobre o Brasil Monárquico.
Eu pessoalmente, não sou Monarquista. Sou um democrata sem fronteiras. Mas isso não me impede de, como a maioria dos brasileiros, ter profunda veneração pela fase monárquica de nossa História e de sugerir  que, por justiça e para honra da nação, se dê a Monarquia o destaque que merece, por seus próprios méritos.
Os membros da Família Real do Brasil deveriam ter formação intelectual, cívica e moral de primeira linha.
Deveriam ter tutor especial que os ajudasse a adquirir conhecimentos amplos, caráter e sabedoria, como convém aos sucessores de D. Pedro II. Que formem pessoas de caráter forte e ilibado, sem vaidades nem arrogâncias mesquinhas.

Ao mesmo tempo, deveriam conquistar espaço na sociedade contemporânea, nos eventos de destaque sócio-cultural.
Deveriam saber marcar presença, por seu caráter, conhecimento e visão sem limites, como vem fazendo a Família Real em Portugal e como faz, com mais sagacidade a Família Real da Espanha.
A nossa República precisa da presença da Família Real, ainda que seja apenas como um símbolo de nobreza e de sabedoria e mensageira de valores perenes.

Em 2005, como Diretor de uma Grande Faculdade, com status de Universidade, na área da Grande São Paulo, convidei Dom Bertrand de Orleans e Bragança, para dar uma conferência, durante um evento internacional que se realizou naquela Faculdade.
Dom Bertrand falou desembaraçadamente sobre o espírito de nosso tempo e da auspiciosa atuação da Monarquia no Brasil. Foi euforicamente aplaudido pela platéia  que lotava o auditório da Faculdade.
Todos se mostraram impressionados com as revelações de D. Bertrand, a que não tinham tido acesso. Sentimo-nos honrados,  pela visão e altos conhecimentos do ilustre membro da Família Real do Brasil.

Os representantes da Família Real do Brasil deveriam ter condições de levar sua mensagem de um humanismo multidimensional consolidador, do caráter brasileiro, pelos quatro cantos do país e no exterior, inclusive com financiamento público federal, como é facultado a todos os partidos e a muitas ONGs, como algo de mais alto interesse nacional, sem ser subjugado ao poder central.
Que os monarquistas saibam desenvolver um projeto bem lúcido e plural, para incrementar algo do gênero que aqui propomos;
Com isto, o Brasil, só teria a ganhar.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brancos e negros

BRANCOS E NEGROS, NO BRASIL
Solidários ou Contrários?!
J. Jorge Peralta

I- Gilberto Freyre, o Grande Paradigma?!
Gilberto Freyre - Google
1. As pessoas, às vezes, para agradar certas platéias de tendências marcadas, traem-se a si mesmas, agindo por injunções políticas, contra os dados da realidade observável e incontestável. Foi o que aconteceu com Fernando Henrique Cardoso, em Magna-Conferência, onde considerou as interrelações de brancos e negros, no Brasil, como de um equilíbrio impossível entre contrários. É dessa afirmação que aqui tratamos. Contestamos a palavra “contrários”.
Entre muitas afirmações engrandecedoras e louváveis, Cardoso disse:
Freyre defende a ideia de que há aqui um “equilíbrio entre contrários”(brancos e negros). É uma ideia dialética que nunca se realiza, nunca chega a uma síntese”.
Uma frase dúbia e contrária à realidade observável, que o mundo
celebra, inclusive Mandela, o Presidente Negro, da África do Sul, que louvou o Brasil  como um país multirracial, onde negros e brancos vivem  em paz e liberdade para crescer, empreender e criar seus filhos.

2. A frase, com todo o respeito ao histórico do autor, é uma farsa para atrair as boas graças de certas ONGs oportunistas, ao jogarem irmão contra irmão. Em vez de semear solidariedade, semeiam o conflito estéril.
Mandela - Google
Caro leitor, neste país, todos sabem muito bem que, brancos e negros andam juntos, sem se esmurrar, como ocorre em outros países que todos bem conhecemos. O Brasil é um outro caso, um novo paradigma. Mandela sabe disso, mas alguns brasileiros, por conveniência política, fazem de conta que não sabem.
Como vê o leitor, para ajudar a escrever este ensaio, convoquei Mandela, Fernando Henrique e o romano Virgílio, Kennedy, H. Golden, o IBGE e todo o nosso camarada Povo Moreno.Que o leitor possa nos ajudar também nesta ousada e importante  tarefa.

II – Convivência Multirracial Solidária
3. Muitos desejariam talvez que brancos, pardos e negros se esmurrassem em praça pública, para terem assunto para  crônicas racistas. Mas isto não acontece. Somos um País que sabe viver e conviver com a diversidade, respeitosamente, com toda a normalidade.
Neste País, os negros e os pardos vão à escola, fazem universidade, são engenheiros, arquitetos, professores,  advogados, médicos, professores,  marceneiros, jornalistas, editores, operários, agricultores,  motoristas, escritores, artistas, cantores, esportistas, empresários, diretores, vereadores, deputados, senadores, juízes, prefeitos, governadores, presidentes da República,  pais de família, etc. Cada um exerce funções de acordo com suas competências e deliberações. Da mesma forma que os brancos, sem discriminação, todos podem exercer qualquer das funções disponíveis.
A lei proíbe a discriminação, há  muito tempo. Olha-se a competência e o mérito e não a cor da pele. Assim é e assim deve ser. Quem quiser o contrário há de se frustrar.
Quem se opuser talvez precise verificar se em seu DNA existe algum “gene” ditatorial ou fascista, e trate de o extirpar, se possível, para saber conviver em paz, ao menos consigo mesmo.
Só os nefelibatas não vêem que a discriminação não é uma questão válida no Brasil, e nunca foi, apesar de eventuais  exceções esperáveis. Então pardos, negros e brancos são iguais em direitos. São parceiros e não contrários. Desentendimentos pessoais?! Não se confundam com intolerância racial.

4. A frase talvez seja bem aproveitada por alguns, adeptos do “quanto pior melhor”. A frase deu “autoridade” e o “mote” à maledicência. Faltou coragem intelectual e isenção ao autor diante da realidade do país, ou foi apenas descuido de redação. Só a verdade liberta. Não é isso que as pessoas responsáveis proclamam? Como se desdizem?!  Ah! Eu bem sei que, às vezes os deuses  também cochilam. (“Aliquando, divus Homerus dormitat”)

Dizer que brancos e negros, no Brasil, são “raças” contrárias é uma aberração. É atitude dos fracos que apenas rezam pela cartilha infame do fascista  politicamente correto”, que não deixam as pessoas livres para pensar e falar, cedem a modismos  infames... muito em voga.

Freyre não falava do equilíbrio entre contrários, mas do equilíbrio entre raças solidárias, que interagem.
Contrários podem ser  os oprimidos e os opressores; os pobres e alguns ricos; os intelectuais e os outros...

III – Igualdade Interracial, por Direito e na Prática

5. Freyre celebrava o grande espetáculo que o Brasil dava e dá ao mundo, de um país, onde brancos e negros não são contrários. Antes: Aqui vivem lado a lado, solidariamente, e com respeito mútuo, em todas as esferas da sociedade, nas escolas, nas associações, nos locais de divertimentos, no meio das multidões, nos campos de futebol, nas praias, nas igrejas, no ônibus, no trem, no metrô, na política e no mundo intelectual. Assim é há séculos e assim será sempre. Aliás, assim é, também em Portugal.
Tela - Portinari
Brancos e negros são parceiros, no trabalho suado, para que todos possam viver num mundo melhor. Bem sabem que, sem o suor do próprio rosto, não há prosperidade, nem bem-estar, a não ser  para os  contraventores
Não entendi porque Fernando Henrique não falou dos Morenos/Mulatos, onde ele mesmo se enquadra, geneticamente, se os mulatos (39,1%) são em número muitas vezes superior aos negros (6,2%), a ponto de o Brasil ser tido como povo moreno, com muita honra.
Se argumentarmos cientificamente, pela ciência genética, veremos que a cor da pele e ascendência racial não caminham sempre juntos. Aliás, isso é bem notório para quem quer ver.  Muitos dos que se declaram brancos, têm negros  e índios em sua linhagem. E muitos dos que se consideram negros têm  brancos e índios em sua linhagem. E muitos dos que se consideram negros têm brancos em sua linhagem. Isto sem falar dos pardos ou mulatos, cuja designação já declara a miscigenação.
Conclusão: o senhor Gilberto Freyre tinha razão. O Brasil tem 500 anos de miscigenação. Só não sabe quem não quer.

Artesanato - Bahia
6. Eu, pessoalmente, trabalhei e convivi por mais de 50 (cincoenta) anos, em companhia de mulatos e de negros, e, logicamente de brancos e nunca considerei os mulatos, os morenos e os negros inferiores aos brancos. Até porque não são. Às vezes até são mais cordiais e dedicados. Nunca vi tratamento diferenciado entre brancos, morenos/mulatos e negros. Somos todos iguais, em princípios, enquanto todos somos diferentes. Cada um se distingue apenas por seus méritos, seu histórico e suas competências e dedicação. Este é um comportamento normal, no Brasil; é norma por todos aceita, sem questionar, naturalmente.

No Brasil, o que incomoda e até discrimina as pessoas não é a cor da pele, onde se destaca o branco, o moreno e o negro, mas o nível sócio-econômico e educacional, onde as classes A, B, C, D, E. São tratadas desigualmente. Em cada uma dessas classes existem pessoas das três raças. Não somos sociedade de castas, mas uma sociedade aberta, mas injusta com muitos. Nas classes D e E há Brancos, Mulatos/Pardos, Negros, em igualdade de péssimas condições. A miséria não distingue a cor da pele. Aqui, os brancos são discriminados. Ninguém reclama por eles?!
O que falta é a classe A e B ser mais solidária e mais justa com as classes C, D, E. Precisamos exigir  educação de qualidade para todos. Esta é a conquista que nos falta: Educação de qualidade, sem burlar...

7. Somos um País “livre”, com garantia das liberdades essenciais, para todos. No entanto, a discriminação ressurge no seu rumo pérfido e trágico, artificialmente criando antagonismos artificiais. 
Artesanato - Bahia
Se alguém falar que se orgulha de ser negro é aplaudido. Certíssimo, todos  devem se orgulhar do que a natureza  lhes deu. Mas se alguém disser que se orgulha de ser branco ou mulato poderá ser vaiado. Lastimável. Afinal cada um deve estar satisfeito do que é, sem mágoas ou recalque. Ser branco, negro ou moreno é condição de nascimento, da natureza  em que  a pessoa não interfere.  O natural é que  o branco se orgulhe de ser branco; que o moreno se orgulhe de ser moreno; que o negro se orgulhe de ser negro. A raça é dada pela natureza e não pela cultura.
Depois, todos, em uníssono, nos orgulhamos  de ser brasileiros. Este é o meu país.
Está na hora de dizer  a todos que o trabalho honra as pessoas e não é castigo: que quem liberta é o trabalho, numa sociedade justa e igualitária.
Que só  o trabalho constrói. É preciso deixar de enganar as pessoas gritando-lhes que é  proibido, proibir, que tudo lhes é permitido, e dizendo-lhes que a liberdade não existe sem os devidos limites. Aquele princípio já deixou muita gente infeliz... Chega de enganar!
Está na hora  de abandonar a estratégia do charlatão: deixar de submeter  as pessoas com doações, em vez de “ensinar a pescar”.
A igualdade efetiva entre os níveis  sociais, exige educação básica de nível, igual para todos,  sem promessas vãs. Igualdade de oportunidades, para quem está disposto a se dedicar, sem esperar vantagens sem  as merecer.

Que democratas são os que não admitem que as pessoas tenham direito a ter satisfação e dizer o que são, ou de que gostam? Logicamente, sem menosprezar outras raças/etnias... Que todos se orgulhem também do seu País como nação multirracial. A questão enquadra-se nas liberdades essenciais da pessoa humana. Tolhê-la é crime, é ato anti-social.
Cada um seja honrado pelo que é e por seus méritos, sem malabarismos psico-sociais... Aplausos para todos, sem discriminação! Esta é a lei da vida e da sadia convivência. A lei da prosperidade, da justiça e da paz.

8. Alguns brasileiros sociólogos, antropólogos ou professores, com toda à competência de cada um, parece que ainda lêem e se inspiram na Cartilha da América do Norte, para falar ou inventar as “raças contrárias” do Brasil. Sem dúvida, este é apenas um deslize de pessoa descuidada. Seja relevado! Mas seja corrigido, urgentemente. Seja contestado.
Brancos e negros foram, e até certo ponto ainda são, raças contrárias, nos Estados Unidos da América e em outros países, oficialmente, por lei.
Aí negros eram proibidos de usar meios de condução de brancos, de ir a igreja de brancos, de ir a clubes de brancos, de frequentar escolas de brancos, etc, etc...
Kennedy - Google
Bem haja o Presidente Kennedy que possibilitou o início do fim de tão injusta e sórdida discriminação. Foi a vitória da razão e da fraternidade universal. O livro do senhor H. Golden demonstra  esse processo histórico revolucionário. (Ver citação, em nota final).
Não podemos importar as classificações americanas que não se aplicam ao caso brasileiro. Seria erro grosseiro...

No Brasil, nunca existiu tal segregação, ao menos oficialmente. Se houve casos, e houve, são esporádicos.Desentendimentos entre pessoas, por questão de etnia, de confronto entre países, ou de classe social ou de sexo, de interesses concorrentes sempre houve em todos os povos, o que deu origem a terríveis conflitos, às vezes bárbaros.

IV- Igualdade Multirracial – Um Diferencial do Brasil

9. No Brasil, as diferentes raças sempre conviveram em relativa solidariedade. Eventuais conflitos existem, mas entre pessoas. Por questões pessoais e não raciais.
Foi assim que produzimos um povo miscigenado, sem complexos; um povo único no mundo.
Foi assim que produzimos o mulato, também denominado moreno ou pardo.
No Brasil, a miscigenação assumiu tais dimensões, que, pelo CENSO de 2000, o país tinha a seguinte distribuição de raças:
Brancos:                                53,8%
Morenos/Mulatos:                 39,1%
Negros:                                   6,2%
Outros:                                     0,9%
Não podemos deixar de destacar a cor sadia e o tipo forte do Moreno/mulato brasileiro.
Artesanato - Bahia
A campanha, que algumas ONGs vêem fazendo, para juntar pardos e negros numa mesma conta estatística, não tem sustentação científica e nem social. Cientificamente, negro é negro, pardo é pardo e branco é branco. Socialmente todos são cidadãos. Sem superioridade, nem inferioridade, em termos diretos  essenciais. Aqui, todos têm  igualdade de direitos mas todos são diferentes no mérito. É a celebração da unidade na diversidade, ao menos em princípio.  Os abusos atingem todos, indistintamente, não pela raça ou cor da pele, mas pelo abuso autoritário de alguns que se arrogam lançar o direito da força contra a força do direito. Estes contraventores fazem o nosso mundo inquieto e injusto.
Concretamente, os negros são minoria absoluta, (6,2%) o que não lhes tira a dignidade, nem o respeito, neste país. Pardo é a criação genética brasileira/portuguesa, da qual devemos nos honrar. Pardo/Moreno é brasileiro, com todo o direito à sua especificidade; em 2.000 eram 39,1% da população brasileira.
Cientificamente, como dissemos acima, a maioria  de brasileiros são miscigenados, ainda que se considerem brancos ou negros, pela cor da pele. O DNA não deixa dúvidas. Essa é a nossa realidade genética.  Então a maioria dos brasileiros pode ser branca na cor, mas geneticamente, é morena.
Anular a categoria racial do pardo/mulato?! NUNCA. A quem interessa este golpe?! Não fica bem tal jogada casuística, injusta e inoportuna. Seria uma violência inconcebível.
Mas essa violência está em marcha. Está sendo comprada pelo golpe da bolsa-cota nas Universidades, onde só os declarados negros, têm direito ao benefício, que é negado aos pardos/morenos/mulatos. Isto é estimular e impor uma classificação falsa.
O mulato precisa se honrar de ser mulato. Tem motivos mais que suficientes.
Para ser justa, a classificação deveria ser para todos os candidatos de parcos recursos, quer sejam negros, pardos, ou brancos!

10. O Brasil, desde os primórdios da colonização implantou o alegre congraçamento de povos. Basta ter olhos  para ver.
Artesanato - Bahia
Aí está o grande patriarca  dos paulistas, João Ramalho; o patriarca dos baianos, Diogo Álvares Correia, o Caramuru; Jerônimo de Albuquerque, o patriarca dos pernambucanos.
A miscigenação produziu, no Brasil, um espírito solidário, alegre, comunicativo; um espírito dionísico, que ajuda o povo a se sentir cheio de esperança, mesmo na carestia. É um povo cordial e altivo, sempre confiante que é capaz de superar a adversidade.
Mas, atenção: ser cordial não é ser otário, como alguns confundem!
Esse povo, miscigenado com o branco, foi capaz de articular o espírito apolínio, empreendedor, com o espírito dionísico, de alegria contagiante de viver.
Isto que o Brasil tem  e até esbanja, faz muita falta ao resto do mundo.
Este é o grande diferencial do Brasil. Disto os EEUU são muito carentes. Por isso, será superado pelo Brasil, até na força do desenvolvimento, com humanismo.
Isto é o resultante da conjuminação de brancos, negros e indígenas, com respeito solidário à dignidade de cada um.

11. A miscigenação do branco português, com o negro, deu um tipo belo, simples, altivo e forte: o pardo, moreno, geneticamente: mulato.
Artesanato - Bahia
Por esta estatística, o Brasil bem pode ser designado como POVO MORENO, como queria Gilberto Freyre. Darcy Ribeiro também defendeu a categoria de Povo Moreno. Esta categoria reuniria os mulatos, os negros e até os brancos, se pensarmos na miscigenação cultural, que aqui é um fato.
O mulato é apenas a miscigenação do branco com o negro, que produziu um novo tipo humano, que bem pode ser apreendido como um tipo de características próprias, que, culturalmente também vai dando novo destaque à cultura brasileira. Moreno/Mulato ainda não adquiriu o status de raça específica, mas bem o merece.
O tipo moreno tem muitos valores que muito o honram, e enriquecem a nação brasileira. Machado de Assis é um deles. Exemplos de grandes homens morenos existem, em profusão.
O próprio Fernando Henrique pode ser classificado como moreno, visto que tem sangue branco e negro, segundo ele mesmo já declarou. E está muito bem acompanhado. Até porque, ele é, antes de tudo, um grande cidadão brasileiro: um dos  baluartes de nossa história e de nossa cultura.
No Brasil, brancos, morenos e negros convivem em paz. Salvo alguns grupos radicais, interessados em outro rumo, e em dividendos duvidosos, somos um povo solidário, unido e multirracial. Um país modelo pelo respeito à diversidade.

12. Os humanos precisam aprender a apreciar o mundo como ele é; o mundo total, para saberem o que representa a humanidade, nesse macrocosmos tão complexo. Só assim superamos nossa visão apequenada. Então vejamos:
Artesanato - Bahia
O nosso mundo está cheio de  Beleza, no céu, na terra, no solo e subsolo, no ar e no espaço sideral ; e até nos seres microscópicos.
A terra tem belezas incríveis: nas plantas, nas aves, nos peixes, nos animais, nas montanhas, nos rios e riachos e nos oceanos; no sol, na lua nas estrelas e nos ventos; por toda a parte.
Há uma imensa diversidade, com contrastes, confrontos e paradoxos. A vida bem vivida nunca é morna.
convergências e divergências, tudo buscando uma harmonia possível. Uma certa dialética rege a vida e o mundo. Dizia o poeta brasileiro que “a vida é luta renhida” (Gonçalves Dias). Na vida há alegrias e dores; mas há também esperanças e ousadias;  há tristezas e alegrias, como há a noite e o dia.
Aí está o ser humano, tributário de toda essa  multiforme  complexidade.
Alguns só vêem nos humanos, feiúras. Eu prefiro olhá-lo em suas belezuras.
Sem fechar os olhos para as feiúras, os males do mundo, deixou o tema para outra hora.
O ser humano é fundamentalmente belo. É belo na essência e nas aparências.
Quanto ao tipo de beleza física, dos humanos, em princípio, todos são belos; todos têm beleza salvo as vítimas de anomalias. São belos os brancos, os negros, os morenos/mulatos, os vermelhos e amarelos. A beleza física a todos aquinhoou, cada um a seu modo. Os brancos são belos, mas os negros e pardos não perdem no páreo. É simples arrogância os brancos se acharem os mais belos. A comparação é precária. Qual o parâmetro?! O Moreno/mulato, de modo geral, é muito belo, só não vê quem não quer.
Di Cavalcanti
Entretanto a beleza que mais vale não é a física, mas a beleza do caráter. De fato, toda a beleza física é passageira, só a beleza espiritual permanece e viceja por toda a vida. Cultivemos uma, sem nos descuidarmos da outra.
Não podemos deixar de ressaltar que a mulata brasileira é um dos tipos de mulheres mais belas do mundo, cantada em prosa e verso. A mulata esbanja beleza!
É a auspiciosa convivência, sem antagonismos, da unidade na diversidade, que todos os países admiram. É aí que o Brasil dá uma lição magistral à humanidade, sem dizer nada e só por ser o que é...: um povo miscigenado, multirracial e solidário.
Diante deste arrazoado podemos reafirmar com convicção. Gilberto Freyre tinha razão. Bem haja o grande mestre.
(SP. 10/08/2010)
Nota:
1.Há uma ampla bibliografia sobre a questão dos negros na América do Norte. Destaco a obra “Kennedy e os Negros”, de Harry Golden, publicado pela Martins Ed. Em 1965 – São Paulo.
2. Os dados estatísticos são do Censo Demográfico do Brasil, 2000.
3. Leia, complementarmente:

*  Gilberto Freyre Polêmico (clique)
*  África, Um Continente Consolida seu Futuro (clique)
*  Brasil Multirracial (clique)


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Gilberto Freire Polêmico?!

GILBERTO FREIRE POLÊMICO?!
A Questão Racial no Brasil

J. Jorge Peralta

Gilberto Freyre é um dos gigantes da cultura brasileira e lusófona. Foi destacado sociólogo, antropólogo e pensador, que a FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty - homenageou na sua edição de Agosto de 2010.
Artesanato - Bahia
Homenagem bem merecida a quem tanto contribuiu para a caracterização da identidade nacional. Deu-lhe algumas das definições fundamentais, traçando-lhe novos rumos e vencendo preconceitos enraizados.
Gerou alguma polêmica inevitável, capitaneada por alguns sociólogos da USP.
Poucos escritores de hoje serão lembrados, daqui por 50 anos.  Gilberto Freyre tem um lugar eterno no Panteão dos maiores brasileiros e da Lusofonia.
A FLIP foi palco de divulgação cultural, onde se encontraram pessoas interessantes de muitos países; mas foi também um desfile de algumas  vaidades mal resolvidas, o que não é novidade.

Do lado das vaidades mal resolvidas, destacamos algumas críticas estéreis e nada produtivas contra Gilberto Freyre, o homenageado. A moda maledicente aprecia mais a crítica negativa do que a positiva, além de lhes inverter o sinal. Os organizadores  demonstraram  mais ampla visão
As pessoas continuam subindo no cangote dos gigantes para parecerem mais altas do que eles.
Foi assim que, alguns, em vez de destacarem os muitos valores permanentes do homenageado, procuraram destacar alguns defeitos, certamente inevitáveis, e com os quais  podemos também aprender..
FHC - Google
Foi nesse evento que o sociólogo Fernando Henrique proclamou uma jóia de bijuteria, ao dizer:
Freyre defende a ideia de que há aqui um “equilíbrio entre contrários”(brancos e negros). É uma ideia dialética que nunca se realiza, nunca chega a uma síntese”.
Uma frase imprópria de um intelectual respeitável; Um homem que foi presidente  do País, onde deixou sua marca indelébel, e é um baluarte de nossa História, precisa cuidar mais do que diz, de outro grande baluarte de nossa História. Mas  bem sabemos que os deuses também cochilam...
Os sociólogos da USP foram os grandes detratores de Gilberto Freire. Muitos já revisaram suas posições negativas.
A realidade brasileira contraria a certeza da frase fatídica: existe a síntese, sim, e não é nova: não existem os “contrários” a que o palestrante se refere. Sabemos que os componentes da Dialética exigem tese, antítese e síntese. Houve então uma falha de foco do autor da frase capenga. Onde está a síntese, na convivência solidária entre brancos, negros e mulatos/morenos, como veremos adiante.
 Ninguém pode negar ao Professor Cardoso o direito a ter opiniões próprias. Ninguém faria isto.  Mas todos têm direito a contestar o que consideram incorreto, expondo as próprias razões. Acredito que o Prof. Fernando Henrique, a quem muito prezo e respeito, estará de acordo com as observações que faço, a esta sua frase, que considero inoportuna, até para o seu currículum.
O autor tentou agradar gregos e troianos. Radicalizou e derrapou na razão. Foi uma frase sem base e vazia. Alguns o aplaudirão. A maioria consciente discordará, silenciosa, meneando a cabeça.
Cardoso apenas adotou uma atitude política, sem suporte científico. Fez teatro. Representou!  Seguiu o script, mas negou  a realidade.
Branco contra Negro?! Parece que alguns tentam criar pólos contrários, onde há apenas diferença, criando conflito artificial. Há problemas, mas de outro gênero. A diversidade é sempre estimulante.

A frase realçou algo superado. Esqueceu que, neste país, as pessoas são cidadãos, independente da cor de sua pele. O que aqui se avalia é o mérito e as competências de cada um.  Esta é uma afirmação relativa? Que seja. Mas é verdadeira.
A cor da pele é, há muito tempo, algo secundário, como a cor do cabelo, a altura ou o peso. Aqui não é Estados Unidos e nem África do Sul, de 30 anos atrás. Mas se for por questão de estatística, no Brasil somos: brancos, pardos, negros e peles vermelhas, pelo DNA básico do país. Hoje também somos amarelos. Somos um país cosmopolita.

A frase, com todo o respeito ao histórico do autor, é uma farsa talvez para atrair as boas graças de certas ONGs oportunistas, que jogam irmão contra irmão. Em vez de semear solidariedade, semeiam o conflito estéril.
Mandela - Google
Caro leitor, neste país, todos sabem muito bem que, brancos e negros andam juntos, sem se esmurrar, como ocorre em outros países que todos bem conhecemos. O Brasil é um outro caso, um novo paradigma. Mandela sabe disso, mas alguns brasileiros, por conveniência política, fazem de conta que não sabem.

A partir desta contradição e falha de apreensão que cria inúmeros equívocos sócio-político-culturais, desenvolvo mais ampla reflexão em ensaio sob o título: