
– Não sou conduzido, conduzo
D. Pedro deu-lhe o Título a Cidade Imperial
ENERGIA EÓLICA
Para uma Vida mais Sadia, com Prosperidade
J. Jorge Peralta
1. Sou de opinião que todas as grandes iniciativas que melhoram a vida no mundo devem ser destacadas e aplaudidas, se estiverem a serviço do bem-comum.
No meio de tanta notícia ruim, não podemos deixar de apontar o que é bom.
2. Humanidade precisa saber congratular-se com a produção de energia limpa: a eólica.
A energia limpa e renovável é uma alternativa à energia fóssil, altamente poluidora.
Falar em Conferência Mundial do Clima e em cuidar do meio ambiente, sem alternativas energéticas é falar no vazio.
Mas é preciso equacionar o sistema de produção selvagem, e degradante da natureza, (terra, ar e água).
Enfim, segundo publicação na Folha de São Paulo, (13.01.2010) a energia eólica está em pleno desenvolvimento, em alguns países. Precisa ser expandida e mais acessível, principalmente aos países pobres.
3. Cuidar da saúde dos povos passa pelo cuidado com o meio ambiente; falar em Direitos Humanos também passa pelo cuidado com o meio ambiente sustentável. Passa também, entre outras variáveis, pela energia de que dispõe, para produzir prosperidade e bem-estar.
Os países mais desenvolvidos têm uma penhora real com os países menos desenvolvidos. Precisam retribuir, com a cooperação científica, tecnológica e humanitária.
No Brasil, por falta de responsabilidade com o meio ambiente, com a saúde pública e com os Direitos Humanos, os motores dos veículos a gasolina ainda são os mais poluidores do mundo. A lei que exigia troca de motores não foi implantada e o país produz os motores menos poluidores para o mercado externo; para o mercado interno mantém os mais poluidores. E ainda têm coragem de falar em Direitos Humanos, para auto-promoção.
Precisamos de um grande inventário de todos os setores em que são ofendidos gravemente os Direitos Humanos, e não, e não pensar apenas nos setores de impacto político e eleitoreiro.
5. Enfim, é bem-vinda a energia eólica, a somar com a energia hídrica, em que somos muito ricos.
O Brasil, com seu tamanho continental, ainda não está entre os 10 (dez) países com maior porcentagem de energia eólica. Entretanto começou um grande projeto na década de 70, na Universidade do Rio Grande do Norte, há quase 40 anos. Ao passar por lá, nessa época, fiquei encantado com as altas torres de produção de energia eólica. Apesar disso, o país ficou para trás. Desinteresse?! Política de Compadrio?! Enfim, o país, agora está tomando atitude. Deve ser saudado.
6. Os dez países, com maior capacidade de energia eólica instalada, em megawatts, (em relação a produção mundial), são:
EUA: 25.170 (20,8%)
Alemanha: 23.903 (19,8%)
Espanha: 16.754 (13,9%)
China: 12.210 (10,1%)
Índia: 9.645 (8%)
Itália: 3.736 (3,1%)
França: 3.400 (2,8%)
Reino Unido: 3.241 (2,7%)
Dinamarca: 3.180 (2,6%)
Portugal: 2.862 (2,4%)
Notas:
1) A fonte dos dados da Folha: (GWEC – Global Wind Energy Council)
2) Os dez países geram 86,2% da energia eólica mundial. Esta é uma informação muito ruim em relação aos países mais pobres.
7. Seria importante ter dados para saber o que significa a produção de cada país, em relação ao total de energia que consome. Ou o percentual por milhão de habitantes. Esse é o dado essencial.
Espera-se que o Brasil entre logo na lista dos dez mais, não em relação a produção mundial, mas em relação ao total de energia, de que tem necessidade, para o seu desenvolvimento ecologicamente sustentável.
A Doutrina do “Politicamente Correto”
Ou A Lei da Intolerância.
Em nome de uma fantasia pseudo-democrática, cunhou-se e impô-se, mundo a fora, a doutrina dogmática do “Politicamente Correto”.
Talvez, simplificando muito, diríamos que aderir ao novo e poderoso partido do politicamente correto significa dizer o que os “donos” do “poder” querem que digamos. É pensar como pensam as “celebridades”. É estar na “moda”. É venerar os mesmos ícones, num “pensamento único”
É considerar-se livre e moderno ao pensar como pensam os novos “arautos” da “verdade”, da “justiça’ e da “liberdade”. É respeitar o que eles respeitam e abominar o que eles abominam sem pensar e sem questionar.
É repetir frases pré-fabricadas.
A doutrina do pensamento politicamente correto seria uma espécie de central de ideias feitas (?!).
Pensar?! Visão crítica?! Para quê?!
O “Grande Irmão” pensa por nós.
O protótipo deste espírito de subserviência dos tempos modernos, consagrado e doutrinado “Politicamente Correto”, está muito bem fundamentado no filme Alfaville, 1965-de Jen-Luc Godard.
Aí foi abolida a partícula interrogativa “Por quê?” (“Pour quoi?”) que era reservada aos Alfa. O povo somente poderia utilizar partícula de resposta “porque” (“parce que”).
No livro de George Orwell, “
Esta é a marca sádica e atroz do fascismo: este não nos impede de pensar; obriga-nos a pensar e a dizer o que o “poder” quer que pensemos ou digamos.
Deixamos de ser sujeito criativo e passamos a ser objeto de um sistema que não conhecemos. Alguns partidos políticos tendem a adotar este sistema de relacionamento inter-humanos. É inconcebível e retrógrado, mas acontece. Todos sabemos, mas calamos...
Conhecer os meandros do pensamento oficial, dito “democrático”, é já um caminho para buscarmos a real liberdade, a justiça e a verdade, nas relações humanas, para sabermos construir um mundo melhor para todos, sem repetirmos erros evitáveis.
No século XXI, ainda não aprendemos a jogar todo esse entulho autoritário, intolerante e cruel, no cesto de lixo. Vamos aprendendo aos poucos. Quando aprendermos, o mundo e a vida serão melhores para todos.
PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO
J. Jorge Peralta
Pode ser um meio de forjar golpes contra opositores e tirar vantagens...
Mais do que ser politicamente correto, precisa ser eticamente correto e corresponder à verdade com respeito à dignidade humana das pessoas envolvidas. Precisa servir ao bem-estar comum e a prosperidade da nação. Mas isto nem sempre é levado em conta.
Esta pseudo-doutrina é de fato um veículo para alguns dominarem, amordaçarem e se vingarem de muitos.
É uma doutrina que, vinda do exterior, logo se espalhou, pela imprensa, pelas instituições políticas e jurídicas, cerceando inclusive o direito à defesa das pessoas. Tudo toma novas e mais graves dimensões, quando o politicamente correto está atrelado e a serviço de interesses partidários.
O pior de tudo é que tal ideologia traz elementos sedutores, de princípios em que todos acreditamos.
Na realidade prática, combate ou ofende e desmoraliza os princípios que diz defender. Aqui se aplica o conceito de que, “na prática, a teoria é outra”.
2. Junto com a “doutrina” do que é Politicamente Correto, surgiu uma outra escrescência, no Ocidente: o patrulhamento ideológico.
Os métodos do “Politicamente Correto” e do “Patrulhamento Ideológico” são muito parecidos com os métodos de atuação da malfadada Inquisição e de outros processos idênticos, no passado, que tanto envergonham a humanidade.
Todos estes são métodos e modos de pensar totalmente contrário à democracia que assim fica irremediavelmente fragilizada.
Não combina a “Democracia”, com o “Politicamente Correto” nem com patrulhamentos ideológicos.
O “Politicamente Correto” e o “Patrulhamento Ideológico” são uma real “herança maldita”, gestada em departamentos, pouco interessados em espírito democrático, e no respeito à igualdade essencial de direitos de todos os seres humanos, sem discriminação. Certamente foi gestada no ninho da serpente.
Tudo o que não está a serviço da verdade, da justiça e do respeito à dignidade humana, em sua natural diversidade, não merece respeito das pessoas de bem e de caráter; das pessoas conscientes, competentes e participativas.
(01.01.10)
OS FIÉIS E OS INFIÉIS
A Lei da Intolerância Reeditada
J. Jorge Peralta
A presente reflexão surgiu na minha mente, a partir da prisão de um rapaz nigeriano, que foi impedido de explodir uma bomba, em um avião que, na noite de 25 de Dezembro, viajava para Detroit, nos Estados Unidos, teria causado mais um terrível holocausto, em pleno vôo, na Noite Santa.
Os passageiros foram salvos pela vigilância de alguns.
O rapaz era muçulmano.
Preso, ele declarou-se frustrado e desolado por não ter conseguido matar todos aqueles infiéis, a quem odiava.
Os infiéis, a maioria era cristã.
Por um momento dei-me conta do que há muito sabia:
A humanidade ainda não se libertou do flagelo do fanatismo, da intolerância cruel, nem em nível religioso.
O desejo da harmonia e da tolerância e da convivência pacífica, entre todos os povos; o sonho da igualdade, na diversidade; o sonho da não discriminação de ninguém, por motivos de religião, nação, etnia ou condição social, ainda não foi muito além de um belo sonho.
Mantém-se em evidência no meio restrito de alguns intelectuais e pensadores.
Implantar as regras de convivência e respeito mútuo está a demorar. Mantém-se como uma proposta, uma esperança e uma bela intenção. Há muito a fazer, por muitos.
Dei-me conta de que, nós os cristãos, somos tratados e apontados pelos muçulmanos, como infiéis. Este conceito lhes é impingido na mente desde criancinhas. Infiéis devem ser dizimados e extintos. É o que eles são condicionados a pensar...
Na Idade Média, a Igreja Cristã também considerava os muçulmanos como infiéis que poderiam ser expulsos e combatidos. Eram outros tempos e outras disputas...
As Igrejas Cristãs, hoje, estabeleceram o diálogo inter-religioso. Será que todos os cristãos já aprenderam a respeitar outras religiões?!
Disso eu não sei. O que sei e sinto é que entre a maioria dos muçulmanos ainda está extinto o diálogo.
No entanto, precisamos saber que, entre os muçulmanos, como entre os cristãos há pensamentos antagônicos quanto à prática religiosa e à convivência no mundo. Há a linha espiritualista e a linha guerreira. A cisão vem desde os sucessores próximos de Maomé. Na Igreja cristã vem desde o Concílio de Nicéia (ano 325).
Para eles nós somos INFIÉIS porque não professamos a religião de Maomé. Lá ainda não chegou o diálogo. Quando essas atrocidades irão cessar?Quando será aplicada a Lei da Tolerância Universal. Aliás, ainda não sabemos ao certo o que é a “lei” da tolerância.