terça-feira, 27 de julho de 2010

Universidade da Lusofonia

UNIVERSIDADE  DA LUSOFONIA
NO BRASIL – UNILAB

         J. Jorge Peralta

1. Deve ser saudado, como auspicioso, para a Lusofonia mundial, a criação, no Brasil, Ceará, da UNILAB – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. É auspicioso o Governo do Brasil assumir uma iniciativa de tal envergadura, para reforçar  ainda mais  os compromissos mútuos dos países da CPLP. Isto só trás vantagens para todos, podendo dar mais  força internacional  ao bloco da Lusofonia.
A UNILAB foi criada pela Lei nº 12.289, de 20/07/2010.
Segundo estabelece a Lei que a criou, a UNILAB tem por missão específica: formar recursos humanos para  contribuir para a Integração ente o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, especialmente os países africanos, bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional. (Art. 2º).
A Lei acrescenta: A UNILAB caracterizará sua atuação pela cooperação internacional, pelo intercâmbio acadêmico e solidário com os países membros da CPLP, especialmente os países africanos, pela composição do corpo docente e discente (...) ( § 1º do Art. 2º).
A Universidade Internacional da Lusofonia está sendo instalada no Município de Redenção, no Ceará, distante 55 Km de Fortaleza. Está na Região do Brasil mais próxima à África.
A UNILAB garante intercâmbio com universitários de toda a CPLP: de Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Foi de estranhar o fato de a CPLP não ter sido contactada para prestigiar o evento, com eventual parceria, ao menos culturalmente. A Universidade não pode ser Internacional e de Integração da Lusofonia só no nome. Tem de ser, no espírito e de fato.

2. Por outro lado, acreditamos que a localização não é a mais adequada. Redenção tem como trunfo, o fato de ser a primeira cidade brasileira que aboliu a escravidão, no interior do Ceará. Com todo o respeito, não considero motivo suficiente para sediar uma Universidade Internacional, no século XXI,  a não ser para ficar às moscas, na sua perspectiva internacional.
Imagem Google
A UNILAB não tem que cultivar eventuais ressentimentos; precisa investir  na solidariedade e na prosperidade dos povos lusófonos.
A UNILAB deve fazer parte das políticas públicas do Brasil, para a União dos Povos Lusófonos, com mais prosperidade. O local dificilmente atrairá os grandes mestres do mundo lusófono.  Não há, por perto, um grande centro de cultura.
Fazer uma Universidade não é isolar-se do mundo real. É antes viver experiências concretas. Estar onde a “vida” viceja...
Há lugares certos e lugares inadequados para sediar uma Universidade Internacional. Mas isto parece não ter sido levado em conta pelos  “estrategistas”.

O lugar mais adequado seria certamente, Salvador, na Bahia, ou Recife/Olinda, ou talvez Fortaleza ou Natal, por terem tradição cultural. Grandes atrativos seriam oferecidos pelo Rio de Janeiro e São Paulo; esta é, de longe,  a maior cidade da Lusofonia do mundo e a locomotiva econômica do Brasil, e ainda um paradigmático pólo de desenvolvimento econômico e cultural.
Se a UNILAB vingar, em sua linha internacional, como se espera, brevemente precisará mudar-se para cidade onde haja mais condições para sediá-la.
Em Redenção ficaria bem  uma Universidade Federal para atender toda a Região. Este projeto cabe lá. Assim sendo proponho que ali funcione  uma Universidade Federal.
Que a UNILAB seja logo transferida para uma região mais atrativa e chamativa, em relação aos povos africanos da Lusofonia e a toda a lusofonia internacional.

3. Esperamos que a nova Universidade possa se dedicar efetivamente à formação de pessoas competentes  e responsáveis, humana e cientificamente capazes e preparadas para servir ao seu povo, levando-lhe mais prosperidade e bem-estar.  Que não seja mais uma “agência” de diplomas, com precários conhecimentos. Isto desmoralizaria o Brasil, neste ponto.
Que os cargos sejam ocupados, não por seus ocupantes serem deste ou daquele partido, mas porque são pessoas adequadamente preparadas.
Que a política partidária esteja longe da UNILAB, mas que se aprenda a Política com “P” maiúsculo. Que prepare pessoas conscientes, críticas, criativas e dedicadas ao bem comum. Do contrário, não é Universidade e nem é Internacional.
Que seja elaborado, entre todos os países lusófonos uma Carta de Princípios, onde sejam estabelecidos padrões de qualidade do Ensino Superior, algo similar  à Declaração de Bolonha. Talvez a Carta de Coimbra... (Isto já propous em outra ocasião).
Que não se ponha lá gente para aumentar claques de governo nenhum, nem de partidos. A Lusofonia precisa estar além de ideologias ou de partidos. Precisa ser apartidária, mas decididamente atuante, a serviço dos Povos Lusófonos, e do Brasil, em particular.
Uma Universidade nunca pode ser feita para um governo ou um partido; a Universidade é para todo o povo; para a nação; para todas as nações lusófonas. Para um Povo complexo e plural, sem discriminações.
O interesse da nação, aqui, está acima dos interesses do governo. Esta é a grandeza do Espírito Universitário, que às vezes as pessoas apequenam, por terem ideias pequenas.

Enfim, quaisquer que sejam as intenções do atual governo, esta poderá ser uma iniciativa positiva para a Lusofonia Mundial, desde que seja sediada  em local, cultural e socialmente, mais adequado, com reais atrativos cosmopolitas e universitários.
No Brasil não faltam lugares ótimos para sediar  uma iniciativa de tais dimensões, como vimos acima.

4. Bem haja o governo brasileiro se conseguir instalar a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia, com espírito efetivamente universitário e dirigida por grandes mestres que engrandeçam e alavanquem  a alta competência da Lusofonia Mundial, que vai muito além dos oito  povos  de Língua Portuguesa. Que efetivamente contribuam para a ampla fraternidade e prosperidade dos Povos Lusófonos.
Em princípio, esta é uma iniciativa a ser festejada, com muita esperança.

Portugal já podia ter implantado uma Universidade com proposta idêntica.
No entanto, não esqueçamos que as Universidades brasileiras e portuguesas já formam, anualmente milhares de profissionais, em todos os ramos do saber, de cidadãos provenientes dos Povos Lusófonos, principalmente dos países africanos.
Só a USP forma, anualmente, muitas centenas de alunos dos Povos Lusófonos. A solidariedade e a fraternidade lusófona existe, bem viva, em muitas universidades brasileiras e portuguesas. Ainda bem.
Criar uma Universidade voltada, em princípio, para a Lusofonia Mundial já é um passo adiante.

sábado, 24 de julho de 2010

Brasil Multirracial

BRASIL MULTIRRACIAL
Um País Uno e Plural ou Um País Dividido?!
J.Jorge Peralta
            A partir da promulgação do Estatuto da Igualdade Racial somos compelidos a fazer alguns comentários, correlacionados ao tema em destaque: a Questão Racial no Brasil. É o assunto do presente ensaio, que pode ser seguido de outros. Seguimos rumo, em contraponto, denunciando riscos prováveis, a serem  prevenidos, para o bem da nossa nação plural e unitária e para que esta Lei não seja a nova ânfora de Pandora.

1. Unidade na Diversidade
O Brasil, como povo e como nação, é uma das obras primas mais belas da civilização humana. Tem alguns defeitos  (qual não tem?!) e muitas virtudes, que garantem sua grandeza. Respeitêmo-lo como ele é.
Este é o país que conseguiu fazer a grande síntese da humanidade. Aqui coabitam todas as raças e povos, em convivência cordial.
            O Brasil é um País que consagrou a convivência pacífica da diversidade.
Pero Vaz de Caminha, em 1500, já registra o fantástico congraçamento de brancos e indígenas, na chegada de Cabral. Espelhou o tradicional olhar do português sobre o mundo.
Ninguém tem direito de desafinar mais esta orquestra. Procuremos, antes melhorar a sua afinação. Ela é genial.

Este é o país plural por natureza: um país miscigenado, em termos genéticos e culturais.
Brancos, negros, morenos, vermelhos, amarelos, aqui convivem sem perseguição e com relativo respeito à dignidade de cada um. Este é um povo cordial.
Cordial?! Cordial, sim, mas não perfeito. Rusgas entre uns e outros sempre haverá.  Tanto entre “raças” como entre irmãos.
Não é problema racial, é apenas fraqueza, cobiça ou farisaísmo da própria condição humana.
O Brasil é um país multirracial, um país plural. Todo o mundo sabe disso. Só alguns brasileiros não querem ver. Por ignorância, por desinformação ou por mal-querença, alguns querem retorcer e mudar os rumos da história do País.
Muitos não vêm esta realidade, positiva, que nos enleva, porque querem transplantar para cá os paradigmas dos EUA. Mas tal atitude não é adequada; São realidades muito diferentes que não prosperam. Mas incomodam muita gente. Tumultuam.
Muitos não conseguem entender a complexidade do modelo social brasileiro. Querem adotar aqui o modelo de análise da realidade americana. Impossível. Só pode gerar conflitos. As duas realidades, são incompatíveis. São também incompatíveis os modelos de análise.
Nos EUA, opõem-se brancos e negros. No Brasil, a realidade é outra. Temos uma  terceira categoria social, o mulato/moreno que é o elo de ligação nacional, originado, do relacionamento do branco com o negro. O mulato (branco+negro) é marca nacional.
Conseguimos construir um país unido e solidário. Quem agora está querendo dividi-lo? Parece que há sempre um Judas à espreita. Se nos descuidarmos, ele leva vantagem. Vamos reagir! Vamos recuperar o Brasil brasileiro e não deixar americanizá-lo...
Há muita visão equivocada. Vamos pensar juntos. Há, no Brasil e em outros países uma grande máquina de intimidação, de ameaça bem montada, mas é preciso reagir para não amordaçar a sociedade livre.
Não deixemos silenciar a “Aquarela do Brasil” (de Ary Barroso). Não deixemos o mundo urbano matar de vez o Brasil genuíno, original, que muito bem pode ser preservado. É este o Brasil que encanta o mundo. É esta a nossa grande mensagem de Paz!

2. Mandela no País Multirracial
Nélson Mandela, ao visitar o Brasil, após o fim do apartheid, saudou o Brasil, com orgulho, como país multirracial, onde brancos, negros e morenos convivem em paz e harmonia. Enfim, os ideais que ele queria ver implantado na África do Sul.
As ONGs berraram, farisaica e fascisticamente, porque Mandela prejudicava a sua atuação. Tirou-lhes a máscara e a razão.
Saiu em campo a “lei da mordaça” e a afirmação de Mandela foi banida, talvez em nome do “politicamente correto”. Pigmeus quiseram dar lições a um gigante.
O rolo compressor é terrível e massacrante... É sádico e perseguidor inveterado.
 Sim, muitas ONGs vivem da desavença. Até a criam quando não a acham. Mas a desavença sempre existirá entre as pessoas. Por inveja, por ódio, por ignorância, por totalitarismos fascistas e até por motivo de complexo e discriminação racial. Mas estas são mazelas da insensatez humana. A civilização trabalha para banir tão constrangedora mazela da sociedade, com sinceridade e lealdade à humanidade.
Não deixemos destampar a ânfora de Pandora. O Bem e o Mal coexistem sim. Alguns querem levantar a tampa da ânfora, para fazer sair os males, que estão na superfície, e tampar de novo para que os bens fiquem prisioneiros e a sociedade vire um pandemônio. Assim poderão infernizar a vida de muita gente dedicada e decente. Puro sadismo?!

3. Brasil, um País Multirracial
O Brasil, como tal, é um país cordial. Isto não significa ser morno, como muitos interpretam; morno ou frouxo. Isto ele não é. Mas é cordial e isto o honra, por mais que a onda “politicamente correta” o empurre para a agressão grosseira... que vão se tornando moda de bom tom (?!). Ser cordial, para alguns, não é marca de prestígio... São os cegos preconceituosos...
Nas escolas lhes ensinam preocupantes lições: que sejam arrogantes, abusados, vilões; que levem sempre vantagem, em qualquer situação.
Inimigos sempre os tereis por perto, diria alguém.
E Vieira retrucaria: “É melhor ter inimigo do que não os ter”. É sinal de que você tem algo mais, que o outro inveja. O Povo brasileiro é um povo vivo, ativo e sagaz.
Os judeus e árabes, em Israel e na Palestina, digladiam-se por disputas de territórios. Aqui convivem lado a lado, pacífica e amistosamente. Aqui vivem em paz, com o respeito a que têm direito todos os seres humanos.

4. Sementes da Discórdia
No Brasil, até dois anos atrás, nas salas de aula, ao menos em todas as escola públicas, havia um número determinado de alunos. Ninguém sabia quantos brancos, quantos negros e quantos morenos (mulatos). Jamais houve esta distinção, essa estatística. Eram apenas gente, alunos. Não havia, nem se imaginava, a distinção pela cor da pele. Apenas se distinguiam, eventualmente, por sexo: masculino/feminino. Não havia discriminação.
Todos conviviam natural e espontaneamente. O sistema cooperava.
A divisão só veio no governo atual, por obra e graça das ONGs que faturam no conflito e ameaçam com a “mordaça” a quem quer liberdade para pensar e seguir, por caminhos de ares menos poluídos, pela intransigência míope.
Neste governo, as ONGs da área, conseguiram até uma Secretaria/Ministério própria.
Para o Estatuto da “Igualdade” Racial, o brasileiro é antes branco ou negro e só depois é brasileiro. Para rechear suas estatísticas, agregaram aos negros, os morenos/mulatos, descartando-os com categoria. Ocultando-os, como se isto fosse possível!!
No entanto, os morenos/mulatos, não são negros. São uma categoria especial, com muita honra. Têm sangue branco e sangue negro. Podem então ser brancos ou negros, ou de preferência são morenos, como queria Darcy Ribeiro. No moreno temos a síntese da gente brasileira.
Os morenos  querem ser respeitados como morenos. São mulatos, isto é, são mestiços e formam uma comunidade respeitável na sociedade brasileira.

5. O Mulato em Destaque
Os mulatos/morenos/pardos são um alto contingente dos brasileiros. Aproximadamente 43,2% dos brasileiros são pardos/ mulatos/ morenos, segundo o IBGE. Ainda não há uma designação fixa. Eu prefiro “moreno”.
Não estou adotando o termo mulato, porque alguns o consideram, artificial e tendenciosamente, como depreciativo.  Lançaram descrédito preconceituoso sobre o nome mulato. Mas não é nome depreciativo. São interpretações falsas, tendenciosas e preconceituosas. Devem ser superadas e revertidas.
Acho, aliás, que poderia ser retomado o termo mulato, com todo o vigor e orgulho, vencendo preconceitos detestáveis, que ocorrem hoje, desonrando o País. Não esqueçamos que as nossas mulatas são padrão de beleza escultural internacional.
Se mestiço não sugere preconceito, por que o nome mulato é mal visto? Quem o quer denegrir? Vamos  iluminá-lo com a verdade sócio-cultural. Vamos recuperar-lhe a positividade.

Em termos lingüísticos, pela etimologia, a nossa palavra “mulato” vem da língua árabe e quer dizer, simplesmente, “mestiço”, isto é: filho de árabe com não árabe. A palavra “mulato” vem da palavra árabe “muwallad”. Wallad quer dizer: procriar.  
Lembremos que os árabes estiveram em Portugal, por 400 anos.
A Língua Portuguesa tem muitas palavras de origem árabe. Mulato é uma delas.

No Dicionário Latim-Português, de Hieronymo Cardoso, publicado em Lisboa, em 1569, a palavra “mulato” significa mestiço. Assim ficamos sabendo que, em Portugal, no século XVI, já havia mulatos, que eram os portugueses mestiços de árabe com lusitanos, por exemplo. Então não é uma palavra ofensiva. Por que seria?
Culturalmente, somos todos mulatos, pois nossa cultura é mestiça. Somos o Brasil Moreno.
A palavra mula, aplicada ao animal híbrido, tem a mesma origem, com o significado de “mestiço”.
O nome “mulato” não tem nada a ver com o animal muar. Apenas o nome dos dois tem origem no conceito de mestiço, como origem genética, sem interferência biológica ou de status social.

Há algum tempo ouvi um estudante, na Faculdade, dizer que não é mulato, porque a mãe dele não é mula. Veja o que faz a informação preconceituosa. Ao lhe informar eu que a palavra mulato quer apenas dizer que ele é mestiço, ele se alegrou, e se sentiu enganado, dizendo que então gostava de ser mulato, porque de fato é mestiço. Achou então a palavra bonita e verdadeira. Jamais ofensiva como alguém lhe anunciara. Estes preconceitos, forjados  e ofensivos, são criminosos. É preciso desmascará-los.
Hoje, mulato significa, etimologicamente apenas: mestiço = filho de branco com pessoa de cor negra. No nosso caso designa: Português + Negro = Mestiço=Mulato=Moreno.

O Brasil é um país moreno. Assim é o nosso povo. Um povo belo e honrado.
Assim é e assim será. É o nosso DNA.

6. O Estatuto Une ou Divide?!
Estão impondo ao país, goela abaixo, o Estatuto da Igualdade Racial, de intenções um tanto quanto inconfessáveis.
Quanto ao projeto do Estatuto foi divulgado, em 2007/2008, causou profunda celeuma.
A antiga Ministra/Secretária da Igualdade Racial deixou clara as intenções perversas do Estatuto, ao tentar impô-lo “na marra”.
A Imprensa nacional degladiou-se, denunciando o caráter nada democrático do Estatuto. A polêmica nacional marcou o momento, que chegou a ser constrangedor, mas muito esclarecedor.
Desmascarou o tal Estatuto.

Igualdade entre todas as pessoas, sem discriminação, é o que todos querem, mas não novas artimanhas para jogar uns contra os outros, para dar mais poder de manobra a alguém.

O verdadeiro Estatuto da Igualdade é a Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana, proclamado pelo ONU.
A Constituição do Brasil, de 1988, é eloquente neste campo da igualdade social, que inclui a igualdade racial.
Finalmente, no início deste mês de julho (2010) o Estatuto, com profundas alterações, foi aprovado no Congresso Nacional, e promulgado pelo Presidente, no dia 20/07/2010. Algumas afrontas à razão humana e à igualdade entre as pessoas forma sanadas, mas o cerne permaneceu. O cerne insensato da divisão do povo brasileiro, golpeando sua característica essencial de um povo uno e diverso, um povo plural, foi mantido.
A Constituição exige tratamento a todos, por igual,  a cada um conforme a necessidade, sem paternalismo e sem discriminação de raça, sexo ou condição social, sempre como promoção humana. Isto é igualdade de direitos e de deveres.
Assim, todos os excluídos, socialmente, deveriam ter alguma proteção, quer sejam negros, brancos, amarelos ou vermelhos. Todos, sem discriminação, precisam ser beneficiados por medidas positivas, através de políticas públicas adequadas. Todos precisam ter sua oportunidade, sem castramentos, legais ou não.
Quisera eu que estivessem enganados todos quantos tiveram coragem de levantar sua voz contra  este desserviço à nação, de leis extravagantes.

7. Lei Implanta a Discórdia
Trocam a unidade e a paz do país por dividendos políticos, oportunistas, ante uma imprensa aturdida e babaca, sem aptidão crítica, subserviente...
Ao assinar este Estatuto, o atual governo compactuou com uma lei complementar que muitos consideram um crime de lesa-pátria. A conferir. Representa um simulacro de Apartheid racial americanizado, às avessas.
Estará dividindo o país entre povos, raças e etnias, ferindo gravemente e talvez irreversivelmente sua unidade multirracial, que era sua grande marca, seu maior motivo de orgulho.
A obra genial da fraternidade multirracial foi agredida. O coração do Brasil foi golpeado.

No novo Estatuto não teremos mais um povo de brasileiros e brasileiras, mas um povo de brancos, negros, afrodescendentes e eurodescendentes, etc. Desaparece o moreno/mulato, que era nossa marca registrada. Esquecem-no ou desconhecem-no como se fosse algo indigno e descartável. Sai da Estatística. Isto é que é indigno!
Entretanto, o mulato/moreno, tem tanto direito ao reconhecimento de sua especificidade racial, como o branco e como o negro. É questão de legitimidade. Falsificar a realidade é falsidade ideológica. Quem quer ser enganado?! Quem se cala?!
É uma condição humana, tão normal e tão genuína, ser descendente de branco+branca, ou negro+negra, ou branco+negra. Geneticamente até há alguns ganhos... Todos sabemos disso.
O mulato/moreno não tem porque envergonhar-se da própria genética. Deve antes se orgulhar. Quem quer enganar o povo? O Brasil orgulha-se de ser um povo mulato, miscigenado e mestiço.
Quem entende a história e a questão da interação humana sabe disto muito bem. O conhecimento está disponível para quem o procura; não tem trancas.
Agora, uns lutarão contra os outros, não pelos direitos iguais de todos, como cidadãos, mas cada um querendo tirar vantagem. Querem implantar a discórdia?! O Estatuto abona atos anti-sociais?!

O Estatuto lembra-me o bolo de aniversário de São Paulo: dada a largada, as pessoas se lançavam sobre o bolo, desorganizadamente e ambicionando pegar o mais que pudessem, numa sofreguidão deprimente. Jogavam ao chão uma boa parte. Quem chegasse alguns minutos depois já não teria nada para levar para os seus. O desperdício é de lastimar.
Mais uma vez vence a lei de Gérson:
Tirar vantagem em tudo”, contra quem quer que seja, e por tabela, contra si mesmo.
Só um Congresso débil, fraco, mambembe e subjugado, para cair nesta esparrela, destruindo o que promete.
Este é o país que o governo quer criar?! Que futuro queremos?!
Os ódios intergrupais, estimulados pelo nonsenso poderão jogar grupos contra grupos, em disputas armadas, fazendo jorrar mais sangue de inocentes. Alguém está apostando nesta opção?!
Não creio que alguém queira isto. Por que não se faz uma campanha cerrada, exigindo educação de qualidade para todos e postos de trabalho para todos viverem com dignidade do próprio trabalho e não da esmola que humilha e subjuga.

8. Fraternidade Ameaçada
É preciso acautelar-se dos semeadores da cizânia. Não deixe destruir o seu belo país.
O fatídico Estatuto pode ameaçar a fraternidade multirracial do Brasil.

Todos queremos, sim, um país igualitário. Mas não é por meio de leis, como esta, que alcançaremos mais justiça e equidade neste país fantástico, mas amordaçado por alguns manipulados e fracos sob o comando de forças iníquas e escusas.
Queremos todo o povo unido contra a desigualdade social, contra todas as injustiças, contra toda a discriminação, contra o racismo e contra o farisaísmo.
Sem dúvida esta lei poderá ter efeito danoso, contrário. Produz a cisão iníqua, no meio do povo. Em vez de abolir as divisões entre raças/etnias, aumentará a divisão.
O povo brasileiro repudia tal divisão. Esta lei é efetivamente iníqua e deve ser repudiada, em nome do ideal igualitário do povo brasileiro, que dizem querer implantar.
Fiquemos alerta para que esta previsão não prospere e para que o Estatuto, pela oposição que se lhe faz, se mude na prática num benefício efetivo a unidade multirracial do povo brasileiro. Que todos se mantenham solidários e fraternais, sem fronteiras raciais.

9. Dignidade sem Fronteiras
            Muitos podem não concordar com algumas das afirmações desta crônica. Todos têm direito de discordar, dando as suas razões, com lealdade. Este é o modo como encaro esta questão, muito séria, no âmbito das razões que expus.
Defendo a democracia multirracial e plural, com liberdade, igualdade e fraternidade, sem a “lei da mordaça” que alguns tentam impor a quem deles discorda.
O foco de tudo é a dignidade humana, sem fronteiras. Deste limite não deveríamos passar. Esta é a garantia das liberdades, com justiça, que tanto prezamos.
Devemos consultar sempre a Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana”, da ONU, que não exclui ninguém.
Amigos,
Para degustar, poética e artisticamente o cerne das ideias que aqui debato, recomendo que ouçam as gravações cujo link vai a seguir.
Basta clicar.



Leia mais, Dar é Humilhar (clique)

DAR É HUMILHAR
                   ENSINAR É LIBERTAR
                              
                                    "Ganharás o pão
                                   com o suor de teu rosto"
                                         (Gêneses)

       
                   1

         NÃO FAÇA NADA  POR NINGUÉM

          Não faça nada por ninguém
          que isso humilha o cidadão,
          se é humano e capaz.
          É paternalismo furado.
          Acomoda mas incomoda.

          Dar o peixe
          é perpetuar  o pedinte.
          Ensinar a pescar
          é libertar.

          Ajude a obter o anzol
          e a programar a pesca,
          e terá  um homem capaz,
          auto-suficiente e feliz.

          Ensine cada um
a encontrar as próprias soluções,
          a definir o próprio rumo,
          a ser mais que um objeto de consumo,
          a ser um homem, não um cogumelo.

          Dê educação,
          ensine uma profissão.
          E o homem terá aptidão,
          e construirá a cidade
          com coragem e tenacidade.

          Construirá seu teto
          formará seu lar
          ganhará seu pão.
          Será um cidadão.
          Orgulhoso da vida,
          terá sua profissão,
          como um galardão.

          Dar o peixe é perpetuar  o pedinte.
          Ensinar a pescar é libertar.


                 2

             FAÇA TUDO

          Fazer pelo outro
          o que ele é capaz de fazer
          é dominá-lo, amordaçá-lo,
          anulá-lo, escravizá-lo,
          subservientá-lo, oprimi-lo...
          É fazer nada !
          Nada que possa ajudá-lo.
          É maltratá-lo.

          Mostrar-lhe o caminho
          apontar-lhe a luz,
          despertar sua vontade de vencer e de viver,
          é recuperá-lo e dar-lhe autonomia.
          É reerguer o homem.
          É fazer tudo.
          Tudo o que pode libertá-lo.

          E o homem se manterá confiante
          senhor de si, de seu caminho,
          livre do lobo e da serpente,
          da subserviência e da opressão.

          Liberto,
          o homem será um cidadão!
          E você também.
          Você terá feito tudo por seu irmão
          E basta!
          Do mais ele será capaz.
          Deu-lhe sua mão.
          Abriu-lhe seu coração.
          Deu-lhe educação.
Arrancou-o da humilhação.
          Tirou-o da contramão.
          Ajudou a recuperar um cidadão!
          E viva a nossa união!



                    3

           É DANDO QUE SE RECEBE

                             "Em se plantando tudo dá"
                                                                P.V.Caminha

        
        Se não estás disposto a suar a camisa,
        não serás merecedor,
        de um teto,
        de um afeto,
        ou de um prato de comida.

        O mundo moderno, populista
        é escravagista!
        Oprime os fracos com fantasias...
        com promessas vãs.
        Obstrui suas mentes e domina-as
        com falácias
        e falsos eldorados.

        Todos querem comer
        mas também é preciso plantar, cuidar e colher.
        Todos querem ter uma casa,
        mas quem se dispõe a construí-la?
        Todos querem o caminho, mas quem abrirá a picada?
        Quem fará a trilha?
        Quem compactará a estrada?

        Sem esforço nada teremos.
        Se o grão não morre não nasce a planta.
        Sem parto não haverá nova vida.
        Sem esforço e dedicação
        fenece a cidade, a família e o cidadão.

        O que vem do céu é a chuva e o sol,
        e até balão e avião.
        Se não plantarmos e cuidarmos
        só teremos capim para os quadrúpedes,
        e pouco mais.

        Cuida de tua planta e do teu chão
        e colherás frutos e sombra.
Cuida de teu espírito e terás a benção.
        Cuida de teu bem e terás amor.
        Com amor e dedicação
        inspiração e  transpiração,
e um pouco de sagacidade,
        Terás tudo o que precisares.

        Não queiras o que não produziste
        para não seres usurpador ou ladrão.
        Não queiras surrupiar o trabalho dos outros,
Se não o pagaste.
        Não sejas escravo de ti mesmo
Escravo de tua ambição.

        Faz e terás
        pois é dando que se recebe.
        O suor e o amor darão a vida,
        o amor, e o afeto,
        a casa e a comida!
             
        Se não cuidares da terra,
        Se não suares a camisa,
        não terás direito ao pão,
        ao teto, ao afeto nem a consideração.

        Não serás merecedor do sol
        que te aquece 
        nem da chuva que te refresca
        nem da sombra que te protege
        nem do amor que te acalenta e te completa.

        Esta é a lei da vida,
        a lei de Deus e dos homens.
        Tudo o mais é degradação;
        é enveredar pela contramão.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

        CARMEN MIRANDA
         Patrimônio da Lusofonia
J. Jorge Peralta
            Carmen Miranda, a Pequena Notável, que Portugal está revendo em grande exposição, em Lisboa, está sendo vítima de trapalhadas americanas.
            Dela falamos em crônica, anterior:
Como quase tudo que é brasileiro e português, os herdeiros dos direitos da imagem da célebre cantora e artista, e os seus amigos, não souberam divulgar o nome como merece, mantendo-a viva na alma do povo.
Herdeiros?! Artista deveria  ser declarado Patrimônio Imaterial  Nacional. A Nação deveria   zelar por seu nome, sua imagem e sua divulgação.
Rui Castro escreveu a s melhor biografia, de Carmen Miranda, que, podia ser mais cuidada.
Assim mesmo valeu.
Agora um americano quer fazer  um filme da artista. Boa ideia?! Talvez, desde que respeite a identidade da personagem.
Parece não ser o caso. A figura brasileira de Carmen Miranda, desde  o título, está passando, por dançarina Cubana ou Mexicana, que fala espanhol, como diz Rui Castro.
Ao menos o roteiro do filme é uma afronta à Lusofonia. O nome previsto do filme é “Maracas” que tem pouco a ver com a artista.
Carmen Miranda, como bailarina Cubana ou Mexicana?! Nunca. Nada contra os Cubanos ou contra os Mexicanos. Apenas  a cada um  o que é seu. Carmen Miranda é nossa. É patrimônio da Lusofonia. É uma artista  de primeira grandeza. Quem a conhece, sabe.

Infelizmente, os americanos não conhecem o Brasil e os Brasileiros.
De América Latina só conhecem seus vizinhos mexicanos e cubanos.
A Lusofonia não chegou aos EUA. Lastimavelmente.
Carmen Miranda precisa ser lembrada, com sua identidade autêntica, falando português...
O cineasta pode fazer a artista a seu modo, desde que respeite o modo de ser dela mesma.
Que os herdeiros e guardiões do nome de Carmen Miranda e da sua imagem saibam exigir, do cineasta americano, respeito à história da artista e respeito à Lusofonia. Isto é essencial. Que saibam fazer reviver Carmen Miranda e já terão um grande mérito.
Se o americano quer fazer o que os empresários do ramo, no Brasil e em Portugal, não conseguem fazer: Um Grande Filme de Arte sobre Carmen Miranda, que seja bem-vindo o americano.
Mas que seja bem assessorado par anão falsear a identidade de nossa artista.
Carmen Miranda, há muitos anos, deveria estar nas telas, com todo o seu peso, valor e sedução.
É uma artista descomunal, para quem souber ver fundo, semioticamente o que ela representa em nosso espírito, em nossa alma e em nossa cultura.
Carmen Miranda é uma marca  indelébel da brasilidade, naquilo que o brasileiro tem de melhor e de eterno, sem as banalidades que lhe atribuem.
Há outro projeto, no Brasil, para levar a história de Carmen Miranda às telas. Mas não prossegue. Compromissos devem ter prazos  de validade...
Que façam quantos filmes quiserem, desde que sejam leais à artista, aos seus valores e à lusofonia,  e tenham qualidade digna de se ver. Essa  deveria ser a norma.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Futebol e coesão nacional

FUTEBOL
E A COESÃO NACIONAL

J. Jorge Peralta
1. O Jogo Acabou! Viva o Brasil          
A Copa acabou, para o Brasil, hoje. Jogamos o jogo. Viva o Brasil!
A vida é assim; Um dia se perde outro dia se ganha. Ganhou o Espírito de luta! A vida continua no seu percurso normal, mas algo mudou.
Outros também precisam ter a sua vez. O sol nasceu para todos. Que vençam os melhores. A Copa é um grande paradigma da vida real; uma bela metáfora.
Mas que vençam os melhores, sem vergonhosas trapaças... e politicagens. Não queremos  navegar nessas águas turvas...
A Copa do Mundo pode ser  palco para novas reflexões.

No Brasil, algo acontece de extraordinário. Nos dias de Jogo do Brasil, na copa, o País, literalmente, pára.
Em São Paulo, o maior complexo urbano do Ocidente: (a Região Metropolitana da Grande São Paulo, uma área conurbanizada contínua, de 20.000.000 de habitantes), essa realidade unânime  é mais notória.
Nos dias de jogo tudo pára. As ruas, avenidas e praças ficam quase desertas, com muito menos carros e gente do que nos domingos e feriados. Pára o comércio, param as indústrias, pára tudo.
São Paulo não pára de  trabalhar. Só em tempo de Copa, cada quatro anos. Éh, meus amigos, para os pragmáticos eu aviso: Nem só de pão vive o homem!

É impressionante. Toda a gente está atenta ao desenrolar do jogo. Todos se alegram ou entristecem juntos. As grandes jogadas levam todos ao delírio. É uma catarse coletiva... Emocionante... É coisa bela, coisa de se ver.

A Bandeira do Brasil tremula, altiva, por toda a parte. Nos grandes prédios, como em casebres de favelas, tremula alegre e soberana a Bandeira Nacional. Há bandeiras imensas penduradas em prédios. O Brasil é um só corpo e um só espírito. Os corações batem em uníssono. A Copa do Mundo, a cada quatro anos, é o denominador comum de onde emana uma força estranha.
É alegria geral. Se ganhamos comemoramos, se perdemos... Também. Alguns ficam com cara de velório... Ninguém gosta de perder. Ninguém fica indiferente.

2. A Copa faz Bem à Gente
Minha gente, a Copa faz bem à saúde da nação. Faz bem a toda a  gente.
faz mal quando políticos oportunistas se aproveitam para colar, em si próprios, os méritos da nação, para se perpetuar no poder. Mas até isso todos relevam.
A Copa é tempo de perdão e de  fraternidade, sem discriminação.

Em tempo de Copa, como nos outros tempos, no Brasil só há brasileiros: com uma única etnia (?!) e uma única cor de pele: somos todos morenos, todos miscigenados, culturalmente. No genérico moreno estamos os brancos, os negros, os morenos, os amarelos e os vermelhos: as cinco raças do mundo. Cinco sim senhor!
O milagre do Brasil, este País Tropical, é que, na alegria e na tristeza, todos se irmanam, todos são solidários, sem distinção de raça, sexo ou condição social. Somos todos iguais neste país plural e multirracial. Neste país tropical.
No entanto, aqui temos gente de todas as raças que cultivam seus valores próprios, sem prejuízo da unanimidade nacional. É a realização do princípio: Unidade na Diversidade.

Bola, circo

BOLA, CIRCO, PÃO E HONRA
Na Lusofonia
J. Jorge Peralta       

1. Ainda como reflexão sobre o Brasil na Copa do Mundo, acrescento:
Diziam os Romanos, na Antiguidade, que o povo quer “circo e pão”.
Dêmos-lhe circo e pão, mas nem só de “circo e pão” se faz um país grande e justo.
Não podemos usar o futebol e a Bolsa Família/Esmola para anestesiar todo um povo, amortizando-o, enganado, desiludido, acomodado, dependente como tetraplégico, e sem futuro. Um povo desiludido é um povo triste. Estamos chegando lá... Queremos um País livre, forte e próspero.
Além do Circo e Pão = Futebol e Bolsa Esmola, precisamos mais e melhor educação e  cultura, mais trabalho para todos e caça aos corruptos,aos desonestos, aos mafiosos, às quadrilha de aloprados, assaltantes da moral, da política, da honra, da cultura e dos bens de quem trabalha de sol a sol. Esses aloprados que hoje estão refestelados em prédios oficiais recebendo benesses por cargos que não passam de  trapaças.
Alguns dizem que o futebol é o ópio do povo. Eu diria: depende. No entanto, mais ópio do povo são as promessas e as trapaças de muitos de nossos políticos, com seus discursos sedutores e vazios e os discursos falaciosos de algumas “religiões” mercenárias que prometem o que não podem dar e ainda cobram por isso.

2. Gritemos de alegria pelo bailado da bola, rolando nos gramados, em grandes jogadas. Mas não silenciemos diante de tantos e tão torpes escândalos de nossos políticos e outras gangues...
Na luta aguerrida dos gramados, precisamos aprender a reagir contra a falta de boa educação e de saúde dignas da nação, a que ela tem direito, e lutar contra os gastos indecentes, de interesses escusos, contra as falcatruas e contra os impostos escorchantes e o abuso do preço da gasolina que não deixam  o país se desenvolver, na medida de suas potencialidades. É preciso dizer bem claro que quem sabe gastar bem o dinheiro é quem o ganha e não quem o recebe, sem mérito e depois o desperdiça. Impostos sim. Mas só os necessários. Que voltem ao povo em benefícios coletivos. O imposto é do povo e para o povo e não do governo. É da coletividade. O governo é apenas o gestor.

3. Enquanto o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) não estiver equiparado ao Desenvolvimento Econômico, os dois em torno da 10ª colocação, o país vai mal. O Brasil é a 7ª ou 8ª Economia do Mundo e seu IDH está num vergonhoso e constrangedor 73º lugar. O potencial econômico do país, não está beneficiando o potencial do Desenvolvimento Econômico não se refletir no desenvolvimento humano, o Brasil com todo os seus encantos, é um país claudicante e capenga.

4. Os princípios que aqui adotamos, valem para toda a Lusofonia, que queremos grande e forte, honrada e próspera, com um povo orgulhoso de seu país, de seu governo e com boa educação e bem-estar.
Ainda acredito que não há ninguém, no belo e promissor mundo lusófono, que não queira cooperar na limpeza de nossas políticas e de nossos políticos.
Todos queremos uma lusofonia de cara limpa e um povo honrado, trabalhador, confiante, responsável, sagaz, desenvolvido, soberano, atento e orgulhoso de seu país, com prosperidade, qualidade de vida e bem-estar social.
Mas não esqueçamos nunca:
“A garantia da Liberdade é a perene vigilância”. Os descuidados já são trapaceados. “A Justiça não protege os sonolentos”.
“Quem não é organizado é tutelado”.


sábado, 10 de abril de 2010

Brasil 8ª Economia do Mundo

BRASIL
8ª ECONOMIA DO MUNDO

J. Jorge Peralta

No ranking global, com o PIB medido em dolar, a economia brasileira é destaque.
Nas Américas, o Brasil é a 2ª (segunda) maior  economia, posicionando-se  logo após os Estados Unidos. O Canadá vem em 3º (terceiro) lugar.
Na economia mundial, o Brasil voltou a ocupar o 8º (oitavo) lugar. Em 1998 já ocupara essa mesma posição.
Com melhor gestão e menos desperdício e corrupção, com a diminuição da escorchante carga tributária e redução do custo país, e com uma educação de melhor qualidade, um sistema menos paternalista, e com menos corrupção e mais justiça social, o Brasil poderia estar já entre as cinco maiores economias mundiais.
Há, ainda, lastimavelmente, por desvios éticos e legais, um grande vazio entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social da população (IDH).
No ranking do IDH, o Brasil ainda ocupa um vexatório 75º lugar.
Um governo mais competente, de maior visão humanista pode melhorar, não só a economia, mas também o Índice de Desenvolvimento Humano do País.
Logicamente, melhores índices se conseguem com muito trabalho responsável, e com muita competência e respeito.
As riquezas do país podem fazer do Brasil um dos lugares melhores  para se viver no mundo. Este é um país muito especial.
É questão de gestão e vontade política da nação. Com  a terra, o mar, os rios, o subsolo, o ar e o povo que temos, podemos ir muito longe.  A corrupção é a origem de todas as mazelas.
Veja o Ranking das economias maiores do mundo, com o PIB, medido em dólar, (PIB nominal em US$ bilhões):
1º  EUA........................14.258,25
2º  Japão........................5.073,45
3º  China........................4.908,98
4º  Alemanha..................3.353,23
5º   França......................2.676,30
6º   Reino Unido..............2.185,75
7º   Itália.........................2.117,80
8º   Brasil........................1.531,51
9º   Espanha....................1.464,25
10º Canadá.....................1.343,16
Fonte: Dados fornecidos pela imprensa: 28.03.2010 

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vinhos da Bairrada

VINHOS DA BAIRRADA
Uma Sedução
J. Jorge Peralta

1. A região da Bairrada é uma das 10 (dez) grandes regiões vinícolas de Portugal. São elas:  Minho, Trás-os-Montes, Beiras, Extremadura,  Alentejo, Ribatejo, Setúbal, Algarve, Açores e Madeira. Nessas regiões coexistem diversas categorias, totalizando 47 regiões vinicultoras especiais.
O vinho da Bairrada é mais um ícone da Lusofonia.
        A Bairrada, situada na Beira Litoral, é composta por  terras planas e férteis e clima ameno, influenciado por sua proximidade com  o Oceano Atlântico.
A Bairrada compreende a região entre, o Rio Vouga e o Rio Mondego; situa-se entre as fraldas das  Serra do Caramulo e do Buçaco, até as areias e dunas da faixa marítima.
A Bairrada abrange: os Concelhos de  Anadia, Mealhada, Oliveira do Bairro, Mira, Cantanhede, Aveiro, Coimbra e Vagos.

2. A região da Bairrada é região de bons vinhos  de longa tradição.
Na região da Bairrada temos a mais celebrada Universidade de Portugal, a Universidade de Coimbra, e a Universidade que se destaca como o mais produtivo pólo de formação tecnológica do país, a Universidade de Aveiro.
A Região tem ainda  belas praias, como Costa nova, Mira, Figueira da foz. Tem as Termas da Cúria e do Luso e inúmeras outras atrações que atraem os estudiosos, os turistas e os veranistas.

3. A Bairrada tem uma gastronomia  riquíssima, na qual se destaca  o famoso leitão assado da Bairrada, de fama internacional.
O vinho da Bairrada é uma das marcas que engrandecem o País.

VINHOS DA BAIRRADA
Uma Visita Alegre

Na Bairrada são produzidos vinhos de mesa brancos, tintos, frisantes, espumantes.
Diz-se que o vinho alegra o coração das pessoas. Mas sei agora que visitar à Vinha também alegra.
Quando, em 2009, passamos por  Oliveira do Bairro, o grande amigo e professor F. Ladeira, agendou uma visita às vinhas da família Sidónio de Sousa, de ancas, Oliveira do Bairro. Visitamos a vinha.
Acompanhou-nos o dono em pessoa. Estivemos nas caves, degustando algumas das delícias.
Visita inesquecível para quantos me acompanharam, uma aula de vinicultura. Veja algumas fotos de lembrança.