segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Doutrina do Politicamente Correto

A Doutrina do “Politicamente Correto”

Ou A Lei da Intolerância.

Em nome de uma fantasia pseudo-democrática, cunhou-se e impô-se, mundo a fora, a doutrina dogmática do “Politicamente Correto”.

Talvez, simplificando muito, diríamos que aderir ao novo e poderoso partido do politicamente correto significa dizer o que os “donos” do “poder” querem que digamos. É pensar como pensam as “celebridades”. É estar na “moda”. É venerar os mesmos ícones, num “pensamento único”

É considerar-se livre e moderno ao pensar como pensam os novos “arautos” da “verdade”, da “justiça’ e da “liberdade”. É respeitar o que eles respeitam e abominar o que eles abominam sem pensar e sem questionar.

É repetir frases pré-fabricadas.

A doutrina do pensamento politicamente correto seria uma espécie de central de ideias feitas (?!).

Pensar?! Visão crítica?! Para quê?!

O “Grande Irmão” pensa por nós.

O protótipo deste espírito de subserviência dos tempos modernos, consagrado e doutrinado “Politicamente Correto”, está muito bem fundamentado no filme Alfaville, 1965-de Jen-Luc Godard.

Aí foi abolida a partícula interrogativa “Por quê?” (“Pour quoi?”) que era reservada aos Alfa. O povo somente poderia utilizar partícula de resposta “porque” (“parce que”).

No livro de George Orwell, “1984”, o grande irmão fez uma grande revisão das palavras do Dicionário. Inúmeras palavras foram retiradas e proibidas. Eram palavras reservadas para alguns e proibidas aos outros.

Esta é a marca sádica e atroz do fascismo: este não nos impede de pensar; obriga-nos a pensar e a dizer o que o “poder” quer que pensemos ou digamos.

Deixamos de ser sujeito criativo e passamos a ser objeto de um sistema que não conhecemos. Alguns partidos políticos tendem a adotar este sistema de relacionamento inter-humanos. É inconcebível e retrógrado, mas acontece. Todos sabemos, mas calamos...

Conhecer os meandros do pensamento oficial, dito “democrático”, é já um caminho para buscarmos a real liberdade, a justiça e a verdade, nas relações humanas, para sabermos construir um mundo melhor para todos, sem repetirmos erros evitáveis.

No século XXI, ainda não aprendemos a jogar todo esse entulho autoritário, intolerante e cruel, no cesto de lixo. Vamos aprendendo aos poucos. Quando aprendermos, o mundo e a vida serão melhores para todos.

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